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Esses Miiaicipios foram, em 1902, por nova lei, conver tidos em um só, com a denominação — Montenegro —.

Concluindo estas informações opportunas sobre o vasto território, que, em sua superfície, poderia conter quasi toda a França, ou os Reinos. da Itália e de Portugal, reunidos, dar-vos-emos a ler a respeito de sua immensa riqueza aurífera, por exemplo, expressivo trecho de uma noticia insuspeita de um jornal francez (*), escripta logo após o laudo suisso:

«No centro dessa região, onde brotam á porfia todos os productos da vegetação tropical, na bacia do rio CacMimr ao nort-e das fontes do rio Carsevene, um crioulo de Cayenna, Clemente Tembat, descobriu, ha alguns annos, jazidas de oiro até então ignoradas, e de riqueza tal que, em alguns dias, recolheu 200 kilos, representando o valor de 687 mil francos.

Este achado, pensa-se bem, fez algum barulho e attrahiu outros pesquisadores, que, apenas em 6u dias, nol-o diz o explorador Coudreau, no Boletim da Sociedade de Geographia de Paris, chegaram a extrahir dos pequenos afiluentes do rio 2.200.000 francos de oiro. Nosso confrade Paul Mimande, de sua parte, apanhou, só em um dia, 51.000 francos. Desde então, a attenção dos pesquisadores de oiro dirigiu-se para esse novo ′placer; mas a ausência completa de vias de communicação, assim como as difficuldades do viver para os Europeus, em um paiz inculto, fizeram que os primeiros mineiros não podessem ser senão negros. Entretanto, bem que não tendo á sua disposição senão ferramentas das mais imperfeitas, e não podendo, por conseguinte, proceder mais do que á lavagem grosseira da terra das alluviões, sem atacar os próprios filões, elles não deixaram, tão grande era a riqueza, de retirar delias, graças a lavagens successivas, uma producção total que se pôde avaUar em 100 milhões de francos...»

(*; Politique Coloniale.