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Magestade os inimigos de Vossa Magestade. São as circiimstancias. »

A esse tempo, já havia sido oíferecido a D. Pedro pelo povo e pelo Senado da Camará do Rio de Janeiro o titulo de Defensor Perpetuo do Brazil, sendo em 3 de Junho requerida e convocada uma Assembléa Legislativa Constituinte.

Por um decreto ioram declaradas inimigas as tropas portuguezas que se conservassem no paiz sem permissão do Governo, sendo o General Labatut mandado para a liahia, onde se achavam as tropas do General Pinto Madeira, que Portugal para alli enviara.

Acalmados os ânimos em Minas Geraes, foco de idéas federativas, por D. Pedro em pessoa, dirigiu este as vistas para S. Paulo, onde a harmonia também não era completa.

Passou a Regência á sua esposa D. Leopoldina, que deveria proceder de accôrdo com os Ministros, e partiu para S. Paulo com Luiz de Saldanha da Gama, seu Secretario interino.

Os ânimos arrefeceram-se com a chegada inesperada de D. Pedro. No dia 7 de Setembro de 1822 achava-se o Príncipe de passeio nos arredores da ci lade, quando, á margem do Ypiranga, recebeu, vindos do Rio de Janeiro por um expresso, diversos despachos de Lisboa e uma carta de D. João VL Esta, cujo theor não é completamente conhecido, dizem historiadores, censurava acremente o Princifje, e aquelles annullavam seus últimos actos, responsabilisando por elles os Ministros.

D. Pedro, então, indignado, após a leitura, reúne em torno de si a comitiva e, num lance de resolução inabalável, arranca do chapéo o laço portuguez, lança-o ao chão e brada enérgico — Independência ou morte —, aos echos das acclamações dos que o cercavam.

Parte immediatamente para a cidade de Santos, dirige uma proclamação enthusiastica aos paulistas e segue para o Rio de