O verdadeiro amor da glória, esse fecundo germe das acções heróicas, esse poderoso móvel dos grandes feitos[1], superior ao desejo das riquezas, havia movido o pequeno número dos Portugueses a ultrapassarem ousados o terrível marco que a natureza parecia ter posto às empresas e atrevimento dos homens, foi a causa primária de abrirem, por mares nunca de antes navegados, uma nova carreira para novos e desconhecidos países[2]. É pois o século XV de onde começa a decorrer uma época de celebridade na história.

Para maiores e mais importantes empresas neste género serviram de ensaio a ilha de Porto Santo, descoberta por mandado do imortal Infante D. Henrique[3], Duque de Viseu, o mais moço dos filhos de el-rei D. João I, no ano de 1418, e a da Madeira em 1419 pelos cavaleiros de sua casa João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira[4].

É bem notório que por instituição de el-rei D. Dinis servia de Grão-Mestre da Ordem de Cristo o dito Infante, seu trineto, e que por ordem de este se faziam os descobrimentos à custa das suas rendas, em benefício da coroa, e da religião. E assim as terras descobertas eram desde logo incorporadas no domínio da mesma coroa, no que dizia relação ao temporal, e ficavam com o título de Adjacentes, como se manifesta das diferentes doações por el-rei D. Duarte ao Infante D. Henrique em 26 de Setembro de 1433, quanto às ilhas da Madeira, Porto Santo, e Desertas; e por D. Afonso V a respeita da ilha de S. Miguel era 1441; e assim as mais dos Açores, à proporção que se foram descobrindo. Era portanto de esperar que assim o Rei como o Papa atendessem a tão relevantes serviços, e recompensassem o seu autor. Em consequência vemos que o mesmo Rei lhe fez mercê de uma carta de confirmação dos descobrimentos feitos até então à sua ordem pelos portugueses: descobrimentos que estes fizeram sem mais guia que Deus, e a sua coragem sem par, desencantando, por assim dizer, nos confins da terra, regiões e gentes, de cuja existência se não sabia; e que a não ser esta resolução, talvez ainda hoje fossem ignoradas! Nessa confirmação se proibia que pessoa alguma excepto ele, Infante, pudesse passar além do Cabo Bojador[5], concedendo-lhe os dízimos e quintos de quanto descobrisse; cuja doação se verificou no ano de 1449, na qual também lhe deu autoridade para povoar as ilhas dos Açores, já nesse tempo descobertas.

Não fizeram menos da sua parte os Papas Martinho V e Calisto III, porquanto o primeiro, a pedido de Infante[6], tinha generosamente assinado aos Portugueses em jurisdição temporal, concedida pelos Reis à mesma Ordem, todas as terras novamente descobertas, ou que se descobrissem desde o Cabo de Não[7] até ao continente da Índia, inclusive, e o segundo, pela bula — Inter caetera[8] — dada em 1456, lhe concedeu a jurisdição espiritual em todas essas terras; limites na verdade tão extensos de que não há muitos exemplos[9]; deduzindo-se daí que a ignorância universal daqueles tempos não fazia duvidar de um tal poder. Poderiam servir de exemplo, como parece, Fernando e Isabel de Castela, quando, em virtude desta concessão, proibiram a Cristóvão Colombo tocasse os estabelecimentos dos Portugueses: e à sua vez, a mesma proibição decretou Eduardo IV de Inglaterra, para que os seus vassalos não traficassem na costa de África. Assim se dispunha do país dos infiéis, e se preparava o dar e tirar coroas, com tanto que a Religião Católica servisse de pretexto para se obter o resultado da empresa!

Em consequência disto, não só o Infante exercitava nas novas terras uma e outra jurisdição; mas fazia mercê das capitanias de juro e herdade a quem lhe parecia; e desta forma aconteceu com os referidos descobridores das ilhas de Porto Santo e Madeira, que a elas passaram, acariciados com promessas e recheados de amplíssimos poderes.

Pelo que, seguro o Infante com o prémio de suas fadigas, tratou de continuar a nobre empresa de seus descobrimentos nos mares aonde o dirigiam seus cálculos[10]. E mandou a Gonçalo Velho Cabral, comendador de Almourol, que navegando em direitura ao poente descobrisse terras; e com efeito descobriu a ilha de Santa Maria, em 15 de Agosto de 1432.

No ano de 1443 mandou ao mesmo fim a Nuno Tristão (outros lhe chamam António de Nole), o qual descobriu Arguim, e as ilhas Garças, entre a Serra Leoa, trazendo dela mais de 30 negros cativos.

Dali a alguns anos, e pode ser no mesmo[11], descobriu igualmente Cabo Verde, 60 léguas avante da Costa da Guiné, indo em sua companhia Álvaro Fernandes da Câmara. E passando do Cabo Verde para o norte 100 léguas, descobriram as ilhas dos Açores[12], que o Infante mandou povoar no ano de 1449. E assim foram estes seus primeiros descobridores: e foi seu descobrimento do ano de 1443 até o de 1449, em que sucessivamente se foram povoando. Que fosse o seu descobrimento neste espaço, o diz Luiz Coelho de Barbuda nas suas Empresas Militares, a fl. 97; Damião de Góis na Crónica de El-Rei D. João; e o Doutor Frutuoso no seu manuscrito, referindo-se a João de Barros, que disse lera nos livros da fazenda de el-rei, dera esta licença ao Infante para as povoar, e lhes mandara lançar gados, dos quais os moradores depois se aproveitaram. O Mestre frei Diogo das Chagas, que fez estas combinações no seu Espelho Cristalino, diz que achara em o tombo de Vila Franca, na demanda que a Câmara correra com o conde, por querer ser senhor de vassalos, dizer o procurador da corte em um artigo do libelo, com que contra ele veio, que provaria em como no ano de 1444 el-rei D. Afonso V fizera ao Infante D. Henrique mercê das ilhas dos Açores, pelas ter descobertas, e das jurisdições delas. De onde, ainda que não falam ao certo nos anos em que fosse feita a mercê, porque também referem o de 1449, sempre concordam no tempo em que se diz foram descobertas, que foi precisamente de 1443 a 1449[13].

Ora o padre António Cordeiro, no livro II, capítulo VIII, conta o caso de outra forma, ainda que na data vá conforme com o referido; e diz que, movido Diniz Fernandes com os favores e mercês do Infante, fora no ano de 1443 de seu mandado, em um só navio, descobrir na Costa de África a ilha de Cabo Verde[14], e por experimentar grande temporal se voltara trazendo quatro negros, que andavam em uma almadia. Em consequência do que, correndo logo a fama, vieram a Portugal três navios, e por cabo deles António de Nole, com um irmão, e um sobrinho, oferecendo-se para irem descobrir aquelas ilhas: e dando-lhes o Infante por guia a um Vicente de Lagos, português desta cidade, com Luiz Cadamosto, veneziano, os mandara descobrir as ditas ilhas em o ano de 1415; e com efeito estes parecem ser os descobridores de tais ilhas, como se colhe das Crónicas de João de Barros, e de Damião de Góis, e do Príncipe D. João; pois já no ano de 1460 fez D. Afonso V doação delas, e das Terceiras[15].

Damião António de Lemos[16] na sua História Geral de Portugal, livro 26, capítulo 3, diz assim: — Outro homem da mesma cidade (Lagos) chamado Vicente de Lagos, e o genovês ou valenciano[17] chamado Luiz Cadamosto, que no ano de 1432 tinham avistado as ilhas dos Açores, descobriram neste o Rio Gâmbia, ... — Se não era a primeira vez que estes homens foram empregados no serviço do Infante, e se já haviam passado aquelas partes algum dia, e avistado em 1432 as ilhas dos Açores, provavelmente foram eles na sua volta que descobriram a Terceira, porque sendo ela deste nome pela ordem de seu descobrimento, como não se duvida segundo os documentos e forais existentes, só o poderia ser depois de 1444 em que teve lugar a segunda, que é a ilha de São Miguel: e o poderia ser pelos aventureiros Vicente de Lagos e Luiz Cadamosto, ou em o ano de 1445, ou nos imediatos em que voltaram[18]. Finalmente o mais provável é, que, como as ilhas de Cabo Verde foram descobertas em 1413, na vinda deles para Lisboa, eu desta para aquelas, fosse descoberta a Terceira, e as demais; e por serem os seus descobridores homens de pouco ter, se reservasse a sua povoação para mais tarde, enquanto não apareceu pessoa capaz de se lhe confiarem: muito mais andando Portugal ocupado com a povoação das outras ilhas nos mares Atlânticos, e com os descobrimentos no ultramar, que tudo demandava muita gente, e recursos pecuniários consideráveis.

Com isto concorda o nosso padre Manuel Luiz Maldonado na sua Fénix Angrense, na Dezena do Século de 1450, Alento 1.º, § 8.º, — fazendo menção de um Brevíssimo Tratado do Descobrimento das Ilhas dos Açores, a que todos se remetem — e dizendo constar dele, que a ilha Terceira fora descoberta, e povoada cinco anos depois da ilha de São Miguel. Porém tão pouco circunstanciado achou aquele escrito, que nenhum conceito dele fez, nem concordou em que as ilhas fossem descobertas sucessivamente: antes pretende, que, pela proximidade em que estão umas das outras, principalmente a Terceira, São Jorge, Faial, e Pico, deviam ser avistadas ao mesmo tempo, por não haver entre algumas maior espaço que duas ou três léguas de mar.

Não falta quem note, que o estarem estas ilhas tanto tempo desertas não era próprio da solicitude dos Infantes, e de el-rei D. Afonso V, que tanto empenhado se mostrou na povoação da ilha de São Miguel, no ano de 1447. A isto se responde, ao que parece plausivelmente, com as muitas dificuldades que precisamente obstariam ao intento, como poderiam ser a falta de boas informações da terra, e de seus lucros prováveis, a falta de colonizadores, e o entretenimento efectivo em outros descobrimentos; e nem se sabe se e Infante se veria na necessidade de não adiantar esta povoação com receio de lhe ser tomada por alguém; apesar dos títulos de mercê que lhe fizera El-Rei? — O Infante, se nesta parte se não mostra tão cuidadoso, encontra provavelmente algum obstáculo invencível: e porque, seguro na sua posse, dilatou a provação para tempo mais oportuno, e pessoa mais conveniente do que seria o descobridor — dessa ilha de Jesus Cristo, a Terceira[19]. Por esta forma, ninguém haverá que judiciosamente lhe possa imputar culpa, nem macular um Príncipe, que com tanta razão foi aclamado — Delícias da Pátria.

Agora se alguém nos argumentar com o silêncio de Gomes Eanes de Azurara, do acreditado cronista destes reinos, de quem João de Barros confessa haver tirado tudo, e a maior parte do que escrevia por ser homem neste mister da História assaz diligente, e que bem mereceu o nome do ofício que teve: responderemos, que sem negarmos à justiça que à sua pena e cuidado faz o autor referido, assim dos tempos em que viveu, como de alguns atrás de que do havia escritura, o mesmo Gomes Eanes de Azurara confessa já as recebera de um Afonso Cerveira, e que não tivera pequeno trabalho em ajuntar coisas desmembradas, e por papéis rotos e fora do ordem, que ele Gomes Eanes de Azurara levou no processo deste descobrimento; nem achara as coisas de D. Afonso — se as escreveu — diz ele — perderam-se com outras escrituras que o tempo consumiu. Confessa mais que quanto escrevia não eram senão algumas lembranças que achou no Tombo e nos livros de sua fazenda, sem ordem de anos, somente uns fragmentos; e concluindo — nas quais lembranças achámos que no ano do mil quatrocentos quarenta e nove deu El-Rei licença ao Infante D. Henrique, que pudesse mandar povoar as sete ilhas dos Açores, as quais já naquele tempo eram descobertas, e nelas lançado algum gado por mandado do mesmo Infante, por um Gonçalo Velho comendador de Almourol, junto da vila de Tancos.

De tudo isto se conclui não aparecer vestígio algum nesses escritores, da era precisa de nossos descobrimentos, especialmente da ilha Terceira; porém, do pouco que achámos, bem se infere estar a referida ilha explorada antes do ano de 1449, e se tratar já dela para se povoar, como se povoou, nos anos imediatos.

Notas editar

  1. Artibus ingenuis quaesita est gloria multis (Ovídeo in Epistolae ex Ponto, 7).
  2. Julgou-se por muito tempo que não existiam os antípodas: e tanto assim que a respeito da América, da qual a antigos não tiveram notícia certa, foram de parecer alguns, que o [w:Papa Zacarias|Papa Zacarias]], no século VIII, condenara como heresia a proposição de um sábio bispo de Salzeburgo por haver defendido que havia antípodas (O Globo Terrestre, § 50).
  3. Da ciência, virtudes, e mais qualidades pessoais deste grande homem, a quem chamaram por excelência Delícias da Pátria, tratam largamente os historiadores nacionais e estrangeiros, com os mais bem tecidos encómios; portanto seria temeridade aventurar palavra alguma a tal respeito. Veja-se Damião António de Lemos na História de Portugal de Mr. de la Clède [nota do editor: História Geral de Portugal, por Monsieur de la Clède, Traduzida em Vulgar e Ilustrada com muitas Notas Históricas, Geográficas e Críticas, e com algumas Dissertações Singulares, Lisboa, 1781 a 1796, Typographia Rollandiana, 16 volumes em 8.º grande]; e a História Universal por uma Sociedade e Literatos em Inglaterra [nota do editor: História de Portugal, Composta em Inglês por uma Sociedade de Literatos, Trasladada em Vulgar com as Notas da Versão Francesa, e do Tradutor Português António de Morais da Silva, e Continuada até aos Nossos Dias, Londres, na Oficina de F. Wingrave, 1809, 3 tomos em 8.º], — O maior homem do seu tempo, e talvez o maior homem de todos os tempos, o Infante D. Henrique.
  4. Sobre o tempo prefixo em que foram descobertas estas ilhas variam miseravelmente os autores. — João de Barros lhes dá o ano de 1420; os autores da História Universal, tomo 12, lhe assinam os anos de 1418 e 1419; e bem assim o Globo Terrestre [nota do editor: Globo Terrestre de Martin Behaim], e o padre António Cordeiro na História Insulana, livro III, capítulo I, onde se queixa da confusão dos historiadores, em cujo número vai o Doutor Frutuoso. Porém, é certo que nenhum as dá descobertas antes de 1418, nem começadas a povoar antes de 1440. Todavia já na ilha da Madeira havia naufragado, vindo de Bristol, em 1344, o Inglês Roberto Job Machim, com sua esposa, os quais, morrendo, ali deixaram vestígios seus.
  5. É situado na costa de África, e de menos consideração que outros.
  6. Foi nesta deputação Fernando Lopes de Azevedo, do Conselho de El-Rei, o qual também pediu indulgência plenária para os que perecessem em tais conquistas, e lhe foi concedida.
  7. Sobre a costa de Biledulgerid, como quem dissera cabo de non plus ultra.
  8. Ap. Port. de Donat. Reg., capítulo VIII.
  9. Sobre tão amplas concessões veja-se a Memória Histórica a respeita do intentado descobrimento de uma suposta ilha ao norte da Terceira, a fl. 34, n.º 2 [nota do editor: Bernardino José de Sena FreitasMemória Histórica sobre o Intentado Descobrimento de uma Suposta Ilha ao Norte da Terceira nos Anos de 1649 e de 1770, com muitas Notas Ilustrativas e Documentos Inéditos, Lisboa, na Imprensa Nacional, 1845, 4.º de 107 páginas].
  10. É certo que a má vontade dos nossos rivais de glória fez supor que o Infante se não propusera a passar o Cabo Bojador e os mares deste arquipélago dos Açores, sem conhecimento de algum desses mapas, cujos autores se dizem os árabes e os datam de 1346 em diante, com nomes supostos e desfigurados destas ilhas, e que eram esses os fundamentos com que ansiosamente se buscavam. Com efeito o Padre Cordeiro, no Livro IV, referindo-se a Frutuoso em seu Livro III, diz que indo o Infante D. Pedro a Inglaterra, França, Alemanha, Jerusalém, etc., e voltando à Itália, Roma, e Veneza, descobrira e trouxera um mapa em que estava já afigurado todo o âmbito da Terra, o Estreito de Magalhães, o Cabo de Boa Esperança, e a fronteira de África; e refere-se a António Galvão que ouvira a Fernão de Sousa Tavares, que em 1428 lhe mostrara o Infante D. Fernando outro mapa, achado no cartório de Alcobaça, feita há mais de 170 anos, que continha toda a navegação da Índia, com o Cabo de Boa Esperança, e devia ser o que o Infante D. Pedro tinha trazido, e dele se valeria o nosso Infante para mandar fazer os descobrimentos das nossas ilhas. Porém negam outros que tal se achasse nos ditos mapas, antes advertindo na ajustada vida do Infante, são de opinião que ele fosse divinamente inspirado para este fim de perseverar em tais descobrimentos. Seja o que for: ainda que os nossos descobrimentos não tenham o carácter de originais, ninguém nos poderá roubar a glória de sermos os primeiros a intentar uma derrota há tantos anos interrompida.
  11. Veja-se a referida Memória do Descobrimento de uma Suposta Ilha, a fl. 82. Diogo Afonso é o descobridor.
  12. Observa-se uma grande desordem a respeito do que dizem os autores desta segunda expedição. Não pequena, conheço na maneira com que se explica o Mestre frei Diogo das Chagas no seu manuscrito Espelho Cristalino.
  13. Cândido Lusitano diz: — Parece que neste ano de 1449 em que vamos (e segundo a ordem dos tempos) se descobriu por diligência do Infante a ilha Terceira. [nota do editor: Cândido Lusitano, pseudónimo de Francisco José Freire (1719-1773), Vida do Infante D. Henrique, dedicada à Majestade Fidelíssima de El-Rei D. José I (1758), impressa por Francisco Luiz Ameno, Lisboa, XVI+393+II páginas, em formato 28 x 20 cm]; — O Doutor Webster que se diz investigou mais a fundo a verdadeira época dos descobrimentos deste arquipélago, concorda que a Terceira fora explorada na mencionada era de 1449. Que mar de contradições, tudo fundado da falta de documentos! Parece que ficara a cada um vasto campo para discorrer na matéria à sua vontade [nota do editor: John White Webster, in A description of the Island of St. Michael, Comprising an Account of its Geological Structure, editado por R. P. e C. Williams, Boston, 1821, 8.º de VIII+244 páginas].

    Depois do Infante Henrique com valente
    Coração verter de África os ardores,
    Arguins, e as lhas Garças juntamente,
    E os da Serra Leoa habitadores:
    Vencendo de Guiné o Sol ardente
    Descobre as grandes Ilhas dos Açores
    Porque sejam do Império Lusitano
    Limite o Céu, e as ondas do Oceano.

    (Gabriel Pereira de Castro in Ulisseia, cântico VII).
  14. Que Diego Afonso descobrira 7 ilhas (veja-se a Memória Histórica sobre o Intentado Descobrimento de uma Suporta Ilha ao Norte da Terceira, fl. 82 e nota 11 [nota do editor: Bernardino José de Sena Freitas – Memória Histórica sobre o Intentado Descobrimento de uma Suposta Ilha ao Norte da Terceira nos Anos de 1649 e de 1770, com muitas Notas Ilustrativas e Documentos Inéditos, Lisboa, na Imprensa Nacional, 1845, 4.º de 107 páginas]).
  15. João de Barros, na Década I, livro II, diz: — Que no ano de 1460 o Infante D. Henrique fizera doação da ilha Graciosa, assim como da ilha de Jesus ao Infante D. Fernando, reservando somente para si a espiritualidade: a qual doação confirmara el-rei em Lisboa a 2 de Setembro do mesmo ano.
  16. Nota do editor: Damião António de Lemos Faria e Castro, História Geral de Portugal e suas Conquistas, Tip. Rollandiana, Lisboa, 1786-1804.
  17. Na realidade o veneziano Alvise Cadamosto (nota do editor).
  18. O autor das Empresas Militares dos Lusitanos diz: — Correndo Álvaro Fernandes de Camera la cuesta de Guinea passó mas ala del Cabo Verde cien leguas [isto em 1446 para 1447] descobrindo-se Ias sete islas de los Azores, las mandó el Infante poblar, anno de 1449 (em O Anunciador da Terceira, n.º 38 e n.º 39).
  19. São palavras da carta de doação a Jácome de Bruges.