Archivo nobiliarchico brasileiro/Valença (Barão com grandeza, Conde e Marquez de)

VALENÇA. (Barão com grandeza, Conde e Marquez de) Estevão Ribeiro de Rezende.

Nasceu em 20 de Julho de 1777, no arraial dos Prados, Comarca do Rio das Mortes (Minas Geraes).

Falleceu a 8 de Setembro de 1856, deixando numerosa e illustre próle.

Filho do Coronel Severino Ribeiro, natural de Lisbôa, de nobre familia, e de

sua mulher D. Josepha Maria de Rezende, de abastada familia de Prados,

em Minas Geraes.

Casou com D. Ildia Mafalda de Souza que

Nasceu em S. Paulo a 14 de Maio de 1805 e falleceu no Rio de Janeiro, a 24 de Julho de 1877. A Marqueza de Valença era Dama de Honra de S. M. a Imperatriz, e filha do Brigadeiro Luiz Antonio de Souza, fidalgo portuguez, residente em S. Paulo, e de sua mulher D. Genebra de Barros Leite, fallecida em Lisboa, em 1836, filha do Capitão Antonio de Barros Penteado e de sua mulher D. Maria Paula Machado. O Brigadeiro Luiz Antonio de Souza era filho de José Luiz de Souza e de sua mulher D. Anna Maria de Macedo.

Bacharel em direito pela Universidade de Coimbra, seguiu a magistratura e foi Juiz de Fóra em Palmella, Portugal. Com a retirada da familia Real portugueza e o governo do reino para o Rio de Janeiro, regressou Estevão Ribeiro de Rezende á sua patria, onde exerceu em 1810 o cargo de Juiz de Fóra, de S. Paulo, e de procurador de defuntos e auzentes; em Fevereiro de 1816 foi escolhido para o cargo de Fiscal dos Diamantes, no Serro Frio, Minas Geraes.

Em 1816 foi nomeado Desembargador da Relação, na Bahia; Desembargador da Casa da Supplicação em 1818; do Desembargo do Paço em 1824, aposentado em 1826, sendo o seu ultimo membro. Accompanhou em Maio de 1822 o Principe Regente D. Pedro á Provincia de Minas Geraes, exercendo por Decreto escripto pela mão do fundador do Imperio, ao funcções de ministro de todas ao repartições do publico serviço.

Foi Deputado á Assembléa Constituinte de 1823, por Minas Geraes, e tambem na Geral de 1826; Ministro do Imperio no 3º Gabinete de 10 de Novembro de 1823; Ministro da Justiça no 6º Gabinete de 15 de Janeiro de 1827; Senador por sua Provincia em 1826; Presidente do Senado em 1841; Conselheiro de Estado Honorario em 1827.

Grande do Imperio, era Fidalgo Cavalleiro; Grã-Cruz da I. Ordem de Christo; Dignitario do I. Ordem do Cruzeiro; Cavalleiro Professo da R. Ordem de Christo de Portugal; socio do Instituto Historico e Geographico Brasileiro em 1840, etc.

BRAZÃO DE ARMAS: Escudo partido, de azul e oiro; no primeiro as armas de Damião Dias Ribeiro, que são: um leopardo de prata, passante, e um chefe de oiro com tres estrellas de vermelho; no segundo as armas dos Rezendes, que são: duas cabras, de preto, gotadas de oiro. Timbre: o leopardo das armas, com uma estrella de góles na espadua; e por differença, uma brica com uma flôr. (Brazão passado em 29 de Novembro de 1829. Reg. no Cartorio da Nobreza, Liv. VI, fls. 1).

CORÔA: A de Marquez.

CREAÇÃO DOS TITULOS: Barão com grandeza por decreto de 12 de Outubro de 1825. Conde por decreto de 12 de Outubro de 1826. Marquez por decreto de 11 de Outubro de 1848.