Pelas regiões tenuíssimas da bruma
Vagam as Virgens e as Estrelas raras...
Como que o leve aroma das searas
Todo o horizonte em derredor perfuma.
N'uma evaporação de branca espuma
Vão diluindo as perspectives claras...
Com brilhos crus e fúlgidos de tiaras
As Estrelas apagam-se uma a uma.
E então, na treva, em místicas dormências
Desfila, com sidéreas lactescências,
Das Virgens o sonâmbulo cortejo...
Ó Formas vagas, nebulosidades!
Essência das eternas virgindades!
Ó intensas quimeras do Desejo...