O pé de junípero
Walter Crane

Já faz muito tempo, há quase dois mil anos atrás, quando havia um homem rico que tinha uma esposa linda e piedosa, e eles tinham muito amor um pelo outro. No entanto, eles não tinham filhos, apesar de desejarem muito, e a esposa rezava todos os dias e todas as noites para que isso acontecesse, mas esse dia nunca chegava.

Na frente da casa deles havia um pátio onde um pé de junípero havia nascido, e num dia de inverno a mulher estava sentada debaixo dele, descascando uma maçã, e quando ela estava descascando a maçã, ela cortou o dedo, e o sangue caiu sobre a neve.

— “Ah,” disse a mulher, e deu um suspiro profundo, e olhou para o sangue que estava saindo, e ficou muito triste, — “Ah, se eu tivesse um filho que fosse vermelho como o sangue e tão branco como a neve!” E enquanto ela falava isso, ela sentiu uma felicidade muito grande, e acreditou que isso ia mesmo acontecer.

Então, ela entrou dentro de casa e um mês se passou desde que a neve tinha ido embora, e dois meses se passaram e tudo ficou verde, e três meses se passaram e todas as flores começaram a brotar na terra, e quatro meses se passaram e todas as árvores ficaram mais altas e mais robustas, e os galhos verdes começavam a trançar uns nos outros, e as aves cantavam até que a floresta ecoava o canto dos pássaros e as brotos começavam a cair das árvores, então, cinco meses haviam se passado e ela continuava debaixo do pé de junípero, que tinha um cheiro tão perfumado, que o coração dela batia descompassadamente, e ela caiu de joelhos e não cabia em si de felicidade, e quando o sexto mês se passou, as frutas ficaram grandes e maduras, e ela sentia uma placidez incontrolável, e no sétimo mês, ela apanhou algumas frutas do pé de junípero e as devorou com avidez, depois ela se sentiu enjoada e ficou muito triste, e quando o oitavo mês tinha passado, ela chamou para que o seu marido viesse até ela, e disse, chorando: — “Se eu morrer, quero que me enterrem debaixo do pé de junípero.”

Então, ela se sentiu conformada e feliz até que o mês seguinte passou, e ela teve um filho que era tão branco como a neve e tão corado como o sangue, e quando ela olhou a criança ela ficou tão feliz e morreu.

Então, o seu marido a sepultou debaixo do pé de junípero, e ele começou a chorar profundamente, depois de algum tempo ele ficou mais calmo, e embora ele ainda chorasse a dor da perda da esposa, casou-se novamente tempos depois.

Com a segunda esposa ele teve uma filha, mas o filho da primeira esposa era um garoto, e ele era vermelho como o sangue e tão branco como a neve. Quando a mulher olhou para a sua filha ela teve muito amor pela criança, mas depois ela olhava para o menino e parecia que o seu coração estava cortado, pois ela pensava consigo mesma que ele estaria sempre no caminho dela, e ela começou a pensar numa maneira de como conseguiria fazer com que toda a fortuna ficasse para a sua filha, e o Coisa Ruim começou a encher a sua cabeça com esses tristes pensamentos até que ela ficou completamente indignada com o pequeno garoto, e batia e esbofeteava o pobrezinho, até que o pobre infeliz ficasse continuamente apavorado, pois quando ele chegava da escola ele não tinha paz em lugar nenhum.

O pé de junípero

Um dia a mulher foi até a cozinha, que ficava na parte de cima da casa, acompanhada da sua pequena filhinha, que disse: — “Mamãe, eu quero uma maçã.” — “Sim, minha filha,” disse a mulher, e lhe deu uma deliciosa maçã que ela tirou da cesta, mas a cesta de frutas tinha uma tampa que era muito pesada e uma trava de ferro grande e cortante.

— “Mãe,” disse a garotinha, “o meu irmão não vai querer comer uma maçã também?” Isso enfureceu a mulher, que disse: — “Sim, quando ele chegar da escola.” E quando ela viu pela janela que ele estava chegando, era como se o demônio estivesse entrando em sua casa, e ela pegou rapidamente a maçã e a escondeu da filha, e disse: — “Não deves comer maçã antes que o teu irmão chegue.”

Então, ela jogou a maçã dentro do cesto de frutas, e fechou o cesto. Quando o garotinho chegou perto da porta, o Coisa Ruim mandou que ela falasse com ele gentilmente: — “Meu filhinho, você quer uma maçã?”, e ela olhava maldosamente para ele. — “Mãe,” disse o garotinho, “que olhar assustador o da senhora! Sim, mãe, eu quero uma maçã.”

Então, ela sentiu que parecia que era forçada a dizer, “Venha comigo,” e ela abriu a tampa do cesto e disse: “Pegue uma maçã para você.” e quando o garotinho se inclinou para pegar a maçã, o Coisa Ruim a tentou novamente, e crash!, ela fechou com força a tampa, e a cabeça dele se desprendeu do corpo e caiu no meio das maçãs.

Então, ela ficou toda apavorada de horror, e pensou: — “Como é que eu vou fazer agora que todos pensem que não foi eu quem fez isto!” Então, ela subiu as escadas até o seu quarto, abriu a cômoda e pegou um lenço branco que estava em cima da cômoda, e colocou a cabeça no pescoço novamente, e debrou o lenço de modo que não percebessem nada, e ela o colocou sentado numa cadeira na porta da frente, e colocou a maçã em suas mãos.

Depois disso, a pequena Marlenita veio até a cozinha para procurar a sua mãe, que estava perto do fogo com uma panela de água quente diante dela que ela agitava sem parar. — “Mãe,” disse Marlenita, “o meu irmão está sentado na porta, e ele parece pálido e tem uma maçã em suas mãos.”

Pedi a ele para que me desse um pedaço de maçã, mas ele não respondeu, e eu fiquei muito assustada.” — “Volte até lá onde ele está,” disse a mãe, “e se ele não te responder, aplique nele um tapa na orelha.” Então, Marlenita foi até ele e disse: — “Meu irmãozinho, eu quero um pedaço da tua maçã.”

Mas ele não respondia, e ela lhe aplicou um tapa em suas orelhas e derrubou a cabeça dele no chão. Marlenita ficou muito assustada, e começou a chorar e a gritar, e correu até a sua mãe, e disse: — “Meu Deus, mãe, e arranquei fora a cabeça do meu irmão com um tapa! E ela não parava de chorar e chorava desconsoladamente.”



“Marlenita,” disse a mãe, “o que você fez minha filha? Mas fique quietinha e não deixe ninguém saber disso; como nada pode ser feito, nós vamos fazer com ele um chouriço.” Então, a mãe pegou o menino e o cortou em pedaços, o colocou na panela e fez chouriço com ele. Mas Marlenita continuava chorando desconsoladamente, e todas as suas lágrimas caíam na panela e não houve nem necessidade de colocar sal.

Então, o pai voltou para casa, e se sentou para jantar, e disse: “Mas onde está o meu filho?” E a mãe serviu um grande prato de chouriço, e Marlenita não parava de chorar e não saia de perto. Então, o pai disse novamente: “Mas onde está o meu filho?” — “Ah,” disse a mãe, “ele resolveu atravessar o país e ir visitar o tio avô da mãe dele, e disse que ficará lá por um tempo.” — “E o que ele foi fazer lá? Ele nem sequer se despediu de mim.”

— “Oh, ele quis ir, e me perguntou se ele poderia ficar seis semanas, ora, ele será bem cuidado lá.” — “Ah,” disse o homem, “eu me sinto tão triste como se alguma coisa tivesse acontecido. Ele deveria ter-se despedido de mim.” E assim ele começou a comer e disse: — “Marlenita, porque você está chorando? O teu irmão certamente voltará.”

Então, ele disse, — “Ah, mulher, como esta comida está deliciosa, coloque um pouco mais, por favor.” E quanto mais ele comia, mais ele queria comer, e ele disse: “Coloque um pouquinho mais, não vai sobrar nada hoje. Me parece que tudo isso foi feito só para mim.” E ele comeu sem parar e jogava todos os ossos debaixo da mesa, até que comeu tudo.”

Marlenita, porém, foi até uma cômoda, e retirou o seu melhor lenço de seda que ficava no fundo da gaveta, e pegou todos os ossos que estavam debaixo da mesa, amarrou-os bem amarradinho em seu lenço de seda, e os levou para fora da porta, chorando lágrimas de sangue.

Então, o pé de junípero começou a se mexer novamente, e os galhos se dividiam, e se moviam novamente, parecendo que alguém estava muito feliz e batia palmas.

Nesse momento uma névoa parecia surgir por entre a árvore, e no centro desta névoa havia uma bola de fogo, e um lindo pássaro saiu do meio das chamas cantando maravilhosamente, e ele voou bem alto até o céu, e depois que o passarinho foi embora, o pé de junípero ficou como era antes, e o lenço com os ossos não estava mais lá. Marlenita, todavia, estava toda feliz e alegre como se o seu irmão ainda estivesse vivo. E ela entrou toda risonha dentro de casa, e se sentou para jantar e comeu.

Mas o passarinho voou para longe e pousou na casa de um ourives, e começou a cantar.

A minha mãe, ela me matou,

"O meu pai, ele me comeu",

"A minha irmã, a pequena Marlenita,"

"Juntou todos os meus ossos",

"Amarrou-os bem firme num lenço de seda,"

"Os colocou debaixo do pé de junípero,"

"Piu, piu, que belo pássaro eu sou!”

O ourives estava sentado em sua oficina de trabalho fazendo um corrente de ouro, quando ele ouviu o pássaro que estava sentado e cantava no seu telhado, e a canção que o pássaro cantava era muito bela para ele. Ele se levantou, mas quando ele ia atravessar a porta ele perdeu uma de suas sandálias.

Mas ele continuou andando bem em direção ao meio da rua tendo um pé com meia e um pé com sandália; ele usava um avental, e em uma mão ele empunhava a corrente de ouro e na outra uma torquês, e o sol brilhava com fulgor nas ruas. Então, ele virou à direita e parou, e disse para o pássaro: — “Passarinho,” disse ele então, “como você consegue cantar com tanta beleza! Cante para mim essa canção novamente.”

— “Não,” disse o pássaro, “Eu não posso cantar duas vezes de graça! Dê-me a corrente de ouro, e então, eu cantarei para ti novamente.” — “Toma-a, então,” disse o ourives, “aqui está a corrente de ouro que você tanto deseja, agora, cante para mim essa canção novamente.” Então, o pássaro veio e pegou a corrente de ouro com a sua patinha direita, e foi e se sentou diante do ourives e cantou:

A minha mãe, ela me matou,

"O meu pai, ele me comeu",

"A minha irmã, a pequena Marlenita,"

"Juntou todos os meus ossos",

"Amarrou-os bem firme num lenço de seda,"

"Os colocou debaixo do pé de junípero,"

"Piu, piu, que belo pássaro eu sou!”

Então, o belo pássaro voou para longe até um sapateiro, e pousou no telhado do sapateiro e cantou:

A minha mãe, ela me matou,

"O meu pai, ele me comeu",

"A minha irmã, a pequena Marlenita,"

"Juntou todos os meus ossos",

"Amarrou-os bem firme num lenço de seda,"

"Os colocou debaixo do pé de junípero,"

"Piu, piu, que belo pássaro eu sou!”

O sapateiro ouviu isso e correu para fora de casa em mangas de camisa, e olhou para o telhado, e teve que colocar a mão na frente dos olhos para que o sol não o cegasse. — “Passarinho,” disse ele, “como você canta bonito!” Então, ele gritou para a sua esposa que estava dentro de casa:

— “Mulher, venha aqui fora, tem um passarinho aqui, veja aquele passarinho, ele simplesmente canta maravilhosamente bem.”

Depois ele chamou a sua filha e os seus filhos, e alguns aprendizes, meninos e meninas, e todos eles subiram até onde o sapateiro estava e olhavam o pássaro e viram como ele era belo, e que plumas verdes e vermelhas ele tinha, e que o seu pescoço era como se fosse de ouro puro, e como os olhos em sua cabeça brilhavam como as estrelas.

— “Pássaro,” disse o sapateiro, “cante para mim essa canção novamente.” — “Não,” disse o passarinho, “Eu não canto de graça duas vezes, deves me oferecer alguma coisa.” — “Querida,” disse o homem, “vá até o sótão, e no alto da prateleira você encontrará um par de sapatos vermelhos, por favor, traga-os até aqui.”

Então, a esposa foi e trouxe os sapatos. — “Pega aí, passarinho,” disse o homem, “agora, cante para mim aquela canção novamente.” Então, o pássaro veio e pegou os sapatos com a sua patinha esquerda, e voou de volta para o telhado, e cantou:

A minha mãe, ela me matou,

"O meu pai, ele me comeu",

"A minha irmã, a pequena Marlenita,"

"Juntou todos os meus ossos",

"Amarrou-os bem firme num lenço de seda,"

"Os colocou debaixo do pé de junípero,"

"Piu, piu, que belo pássaro eu sou!”

E quando ele tinha cantado a canção inteira ele voou para longe. Na sua patinha direita ele tinha a corrente de ouro e na esquerda os sapatos vermelhos, e ele voou bem pra longe até encontrar um moinho, e o moinho fazia "clipe clape, clipe clape, clipe clape," e perto do moinho estavam vinte moleiros talhando uma pedra, e cortavam, “rique raque, rique raque, rique raque,” e o moinho fazia “clipe clape, clipe clape, clipe clape.” Então, o passarinho foi e se sentou num pé de laranja lima que ficava de frente para o moinho, e cantava:

A minha mãe, ela me matou,

Então, um deles parou de trabalhar.

"O meu pai, ele me comeu",

Então, dois outros pararam de trabalhar e começaram a ouví-lo.

"A minha irmã, a pequena Marlenita,"

Então, outros quatro pararam,

"Juntou todos os meus ossos",

"Amarrou-os bem firme num lenço de seda,"



Agora apenas oito estavam talhando a pedra,

"Os colocou debaixo"

Agora só cinco.

"do pé de junípero,"

E agora somente um,

"Piu, piu, que belo pássaro eu sou!”

Então, o último também parou de trabalhar, e ouviu as últimas palavras. “Passarinho,” disse ele, “como você canta bem! Deixe-me ouvir também. Cante mais uma vez para mim.”

— “Não,” disse o pássaro, “Eu não canto de graça duas vezes. Dá-me a pedra de moinho, e então, eu cantarei novamente.”

— “Sim,” disse ele, “se ela fosse só minha, tu poderias tê-la.”

— “Sim, concordaram os outros, “se ele cantar novamente, ele poderá ficar com ela.” Então, o pássaro desceu, e os vinte moleiros pegaram uma viga e levantaram a pedra. E o passarinho colocou o seu pescoço no buraco, e colocou a pedra como se ela fosse um colar, e voou para a árvore novamente, e cantou:

A minha mãe, ela me matou,

"O meu pai, ele me comeu",

"A minha irmã, a pequena Marlenita,"

"Juntou todos os meus ossos",

"Amarrou-os bem firme num lenço de seda,"

"Os colocou debaixo do pé de junípero,"

"Piu, piu, que belo pássaro eu sou!”

E quando ele acabou de cantar, ele abriu suas asas, e em sua patinha tinha ele tinha a pulseira, e na direita os sapatos, e em volta do seu pescoço a pedra do moinho, e ele voou para longe, para a casa do seu pai.

Na sala de jantar estavam o pai, a mãe e a pequena Marlineta, comendo, e o pai disse: — “Como me sinto com o coração leve hoje, como estou feliz! — “Não,” disse a mãe, “Sinto medo, parece que uma tempestade vai desabar sobre mim.” Marlineta, todavia, não parava de chorar, e então, o passarinho veio voando, e quando ele se sentou no telhado, o pai disse: — “Ah,” eu me sinto tão feliz de verdade, e o sol está brilhando majestoso lá fora, e me sinto como se fosse ver um velho amigo de quem sinto muita saudade.”

— “Não,” disse a mulher, “eu sinto tanto medo, que meus dentes estão batendo uns contra os outros, e parece que minhas veias queimam que nem fogo.” E ela soltou o corpete, mas a pequena Marlineta estava num canto chorando o tempo todo, e segurava o prato diante dos seus olhos, e chorava até que ele ficou completamente cheio de lágrimas. Então, o passarinho se sentou no pé de junípero, e cantou:

Minha mãe, ela me matou,

Então, a mãe tapou os ouvidos, e fechou os olhos, e não queria ver nem ouvir nada, mas havia um barulho tão forte em seus ouvidos como se fosse uma violenta tempestade, e os olhos dela queimavam e piscavam que nem relâmpago.

Meu pai, ele me comeu,

— “Ah, que lindo,” disse o homem, “como ele canta bonito! Ele canta tão de modo tão esplêndido e o sol brilha com tanto calor, e estou sentindo um cheiro parecido com o de canela.

Minha irmã, a pequena Marlenita,”

Então, Marlenita colocou a cabeça nos joelhos, e chorava sem parar, mas o homem disse, “Eu vou sair lá fora, eu preciso ver o passarinho bem de perto.” — “Oh, não vá,” disse a esposa, “Sinto como se toda a casa estivesse tremendo e pegando fogo.” Mas o homem foi para olhar o pássaro:

"Juntou todos os meus ossos",

"Amarrou-os bem firme num lenço de seda,"

"Os colocou debaixo do pé de junípero,"

"Piu, piu, que belo pássaro eu sou!”

E assim o passarinho deixou cair a corrente de ouro, e ela caiu exatamente em volta do pescoço do homem, e a corrente se fixou de modo perfeito no pescoço dele. Então, ele foi e disse:

— “Vejam só que pássaro lindo que ele é, e que belíssima corrente de ouro ele me deu, e como ele é majestoso!” Mas a mulher estava apavorada, e caiu no chão no meio da sala, e a touca que ela usava caiu da sua cabeça. Então, o pássaro cantou mais um pouquinho:

Minha mãe, ela me matou.

— “Ah, como eu gostaria que eu estive a trezentos metros de profundidade debaixo da terra para não ouvir isso.”, disse ela.

O meu pai, ele me comeu,

Então, a mulher caiu novamente como se ela estivesse morta.

“Minha irmã, a pequena Marlineta,”

“Ah, disse a garota, “quero sair para ver se o passarinho vai me dar alguma coisa,” e ela saiu.

"Juntou todos os meus ossos",

"Amarrou-os bem firme num lenço de seda,"

Então, ele lançou os sapatos vermelhos para ela.

"Os colocou debaixo do pé de junípero,"

"Piu, piu, que belo pássaro eu sou!”

Então, a menina estava feliz e com o coração leve, e ela vestiu os novos sapatos vermelhos, e dançava e dava voltas pela casa. — “Ah,” disse ela, eu estava tão triste quando eu saí lá fora e agora eu estou tão feliz; que pássaro maravilhoso, e ele deu para mim um par de sapatos vermelhos!”

— “Bem,” disse a mulher, e ela deu um pulo e ficou de pé e os cabelos dela se arrepiaram todo como se fossem chamas de fogo, “eu me sinto como se o mundo estivesse acabando! Eu também, vou sair lá fora para ver o se o meu coração também se sente mais leve.”

E quando ela saiu para fora da porta, crash! O pássaro derrubou a pedra do moinho sobre a cabeça dela, e ela ficou inteiramente esmagada pela pedra. O pai e a pequena Marlineta ouviram o barulho e saíram para fora, e havia fumaças, chamas, e fogo subindo por todos os lados, e quando tudo isso acabou, lá estava o pequeno irmão, e ele pegou o seu pai e a pequena Marlineta pelas mãos, e todos os três ficaram muito felizes, e eles entraram dentro de casa para jantar e comeram juntos.