Portugal!...

Miseranda patria minha!...

A que horrivel abysmo te arroja ingrata a filha de teu Rei!...

A filha do teu libertador!...

Aquella por quem espargiste o sangue de tuas veias com tanta
generosidade!...

Em que abysmo tão profundo foste precipitada, patria minha miseranda!...

Nova Polonia, vendida a tres nações, que te veneraram já, que já provaram
tua força e tua coragem!...

Portugal!...

Estrangulado entre as garras do Leopardo.... dilacerado pelos dentes do
Leão.... e por escarneo picado com os esporões do gallo, que sobre o teu
cadaver canta os hymnos mortuarios que a finada Polonia ouvira quando posta
em almoeda era vendida a quem mais dava!...

Portugal!...

De tanta glória passada, de tanta capacidade e inexgutaveis recursos que
ainda tens, de tanto patriotismo, dedicação, grandeza de alma, que ficará?

Nem mesmo um nome que tenha alguma significação.

E aos vindouros nada quererá dizer esta palavra, n'outras eras tão
significativa--Portugal.--