A Divina Comédia (Xavier Pinheiro)/grafia atualizada/Paraíso/X: diferenças entre revisões
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No inefável spetáculo a sacia.
E disse Beatriz: —
Humilde ao Sol dos anjos agradece,
Que ao sol sensível te alça à claridade.
Peito mortal jamais ardor aquece
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Para seguir na dança que encetaram.
E uma voz do seu seio disse: —
Da Graça o raio em que o amor se acende
Sublime, pelo amor se acrescentando,
Que te conduz pela celeste escada,
Que a subir torna quem de lá descende,
Vinho negasse, irmão, livre não fora,
Qual linfa de correr embaraçada.
Que cinge, contemplando-a a pulcra Dama,
Que para o céu te guia protetora.
De Domingos a voz pelo caminho,
Onde prospera só quem mal não trama.
À destra de Colônia o grande Alberto
A quem de aluno e irmão devo o carinho.
Na santa c?roa atenta cuidadoso,
A tua vista a voz siga-me perto.
Graciano que num e noutro foro
Di?no se fez de ser no céu ditoso.
Foi Pedro: como a pobre a of?renda escassa,
À Santa Igreja deu rico tesouro.
Se acende em tanta luz, que anela o mundo
Saber se goza da celeste Graça.
Que se o Verbo de Deus é verdadeiro,
De saber tanto não se alçou segundo.
Que os anjos, seu mister, sua natura
Em conhecer na terra foi primeiro.
Dos séculos cristãos esse advogado
De Agostinho tão útil à escritura.
De luz em luz me tens nestes louvores
Saber já tens da oitava desejado.
Essa alma santa, havendo demonstrado
As mentiras do mundo e os seus rigores;
Em Cieldauro; e ela veio à paz divina
Após martírio e exílio amargurado.
Beda, Isidoro estão, Ricardo esplende,
Que além do humano o pensamento afina.
A mim tornando, achou, grave e prudente,
Que morte pronta um grande bem compreende:
Na rua de Fouare lera outrora
Verdades, que ódio hão provocado ingente.
E qual relógio, que nos chama em hora,
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