A Divina Comédia (Xavier Pinheiro)/grafia atualizada/Paraíso/XVIII: diferenças entre revisões

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Mas aquela, que a Deus me encaminhava,
— ““Muda o pensar; que perto”” — me dizia —
““Eu sou do que injustiças desagrava.”” —
 
Voltei-me à voz, que sempre me infundia
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Com riso, de que a luz me subjugava,
— ““Volve-te, escuta ainda; o Paraíso
Não stá só nos meus olhos”” — me falava.
 
Como a paixão, no seu dizer conciso
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De aditar ao que disse ora algum tanto.
 
— ““Na quinta estância da árvore, que, ingente,
Pelo cimo se nutre”” — principia —
““Que frutos sempre dá, sempre é virente,
 
““Espíritos habitam, que algum dia
Nome tinham na terra tão famoso,
Que opimo assunto às Musas prestaria.
 
““Da cruz os braços olha cuidadoso:
Os que eu te nomear verás fulgindo,
Qual relâmpago em nuvem pressuroso.”” —
 
Na Cruz vi perpassar, o nome ouvindo
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Cada qual pelo traço refulgente:
 
““DILIGITE JUSTITIAM”” indicando
Verbo e nome primeiros na escritura;
““QUI JUDICATIS TERRAM”” terminando.
 
Colocando-se assim cada luz pura,
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Pela vinha morrendo que hás talado.
 
Tu bem podes dizer: — ““Devoto hei sido
Do que, ao deserto dando tanto apreço,
Sofreu martírio à dança oferecido:
 
O pescador e Paulo não conheço.”” —
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