Eu (Augusto dos Anjos, 1912)/Vandalismo: diferenças entre revisões

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Meu coração tem catedrais imensas,
 
Templos de priscas e longínquas datas,
 
Onde um nume de amor, em serenatas,
 
Canta a aleluia virginal das crenças.
 
 
 
Na ogiva fúlgida e nas colunatas
 
Vertem lustrais irradiações intensas
 
Cintilações de lâmpadas suspensas
 
E as ametistas e os florões e as pratas.
 
 
 
Com os velhos Templários medievais
 
Entrei um dia nessas catedrais
 
E nesses templos claros e risonhos.
 
 
 
E erguendo os gládios e brandindo as hastas,
No desespero dos iconoclastas
 
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!