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<center>(SALVAÇÃO DOS LUSIADAS)</center>
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Cinzenta a côr do ceu, a noite baça,
O vento chora nas enxarcias, rude
Como grito plangente d'alaude,
{{verso|4}}Vibrado pelos dedos da desgraça.
Além nenhuma estrella então perpassa,
É o horisonte um lugubre athaude,
Fervem as ondas altas como açude
{{verso|8}}Que as torrentes ás agoas embaraça.
Vem da China o baixel desarvorado,
Sulcou o mar com soffrega vontade,
{{verso|11}}Até que o mar o fez despedaçado.
Sorrindo heroicamente á tempestade,
''Paga o zelo maior do seu cuidado''
{{verso|13}}Camões, salvando á patria a eternidade.
</poem
[[Categoria:Camões e o Amor]]
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