Dom Quixote/II/XLV: diferenças entre revisões

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|obra=[[Dom Quixote]]
|autor=Miguel de Cervantes
|anterior=[[Dom Quixote/II/XLIV|Capítulo XLIV]]
|posterior=[[Dom Quixote/II/XLVI|Capítulo XLVI]]
|seção=titDomCapítulo Quixote/II/XLV}}|| — De como Sancho Pança tomou posse da sua ilha, e do modo como principiou a governá-la.--}}
 
Ó perpétuo descobridor dos antípodas, facho do mundo, olho do céu, causador do balanço das bilhas de água, Tímbrio aqui, Febo ali, atirador além, médico acolá, pai da poesia, inventor da música; tu, que sempre nasces e nunca morres, ainda que o pareces, digo-te, ó Sol, cujo auxílio é indispensável para a perpetuidade da espécie humana, digo-te e peço-te que me favoreças e alumies a escuridão do meu engenho, para que possa discorrer com acerto e minúcia na narração do governo de Sancho Pança, que sem ti me sinto tíbio, descoroçoado e confuso!
 
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Enquanto o mordomo dizia isto a Sancho, estava ele olhando para umas grandes e numerosas letras, que ornavam a parede defronte da sua cadeira. Como não sabia ler, perguntou o que eram as pinturas que havia naquela parede. Responderam-lhe o seguinte:
 
— Senhor, está ali escrito e notado o dia em que Vossa Senhoria tomou posse desta ilha, e diz assim o epitáfio: “Hoje“Hoje, dia tantos de tal mês e de tal ano, tomou posse desta ilha o senhor D. Sancho Pança, que por muitos anos a goze.”
 
— E a quem é que chamam D. Sancho Pança? — perguntou Sancho.