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Linha 1:
|obra=[[Dom Quixote]]
|autor=Miguel de Cervantes
|anterior=[[Dom Quixote/II/XLVII|Capítulo XLVII]]
|posterior=[[Dom Quixote/II/XLIX|Capítulo XLIX]]
|seção=
Muito melancólico e mofino estava o malferido D. Quixote, de rosto vendado e assinalado, não pelas mãos de Deus, mas pelas unhas dum gato, desditas inerentes à cavalaria andante. Seis dias e seis noites esteve sem sair a público e, numa dessas noites, estando desperto e velando, pensando nas suas desgraças e na perseguição de Altisidora, sentiu que abriam a porta do seu aposento com uma chave, e logo imaginou que a enamorada donzela vinha para sobressaltar a sua honestidade e pô-lo em situação de trair a fé que devia guardar à sua dama Dulcinéia del Toboso.
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