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|obra=[[Dom Quixote]]
|autor=Miguel de Cervantes
|anterior=[[Dom Quixote/I/I|Capítulo I]]
|posterior=[[Dom Quixote/I/III|Capítulo III]]
|seção=
Concluídos pois todos estes arranjos, não quis retardar mais o pôr em efeito o seu pensamento, estimulando-o a lembrança da falta que estava já fazendo ao mundo a sua tardança, segundo eram os agravos que pensava desfazer, sem-razões que endireitar, injustiças que reprimir, abusos que melhorar, e dívidas que satisfazer.
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Indo pois caminhando o nosso flamante aventureiro, conversava consigo mesmo e dizia:
— Quem duvida de que lá para o futuro, quando sair à luz a verdadeira história dos meus famosos feitos, o sábio que os escrever há-de pôr, quando chegar à narração desta minha primeira aventura tão de madrugada, as seguintes frases:
E logo passava a dizer, como se verdadeiramente fora enamorado:
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— Se Vossa Mercê, senhor cavaleiro, busca pousada, excetuando o leito (porque nesta venda nenhum há) tudo mais achará nela de sobejo.
Vendo D. Quixote a humildade do
— Para mim, senhor castelão, qualquer coisa basta porque
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::meu descanso o pelejar.
Figurou-se ao locandeiro que o nome de ''castelão'' seria troca de ''castelhano'' (ainda que ele era andaluz, e dos da praia de S. Lucar, que em tunantes não lhe ficam atrás, e são mais ladrões que o próprio Caco, e burlões como estudante ou pajem); e assim lhe respondeu:
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— Segundo isso (como também lá reza a trova),
::
::e o dormir sempre velar.
E sendo assim, pode muito bem apear-se, com a certeza de achar nesta choça ocasião e ocasiões para não dormir em todo um ano, quanto mais uma noite.
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O que porém sobretudo o desassossegava era não se ver ainda armado cavaleiro, por lhe parecer que antes disso não lhe era dado entrar por justos cabais em aventura alguma.
[[Categoria:Dom Quixote]]
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