A Luva: diferenças entre revisões

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''Para o Augusto Belmont''
 
 
Pensa na glória! Arfa-lhe o peito, opresso.
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Correndo sem cessar para o Progresso.
 
 
 
 
Que importa que, contra ele, horrendo e preto
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Vem-lhe á imaginação este soneto:
 
 
 
 
"A princípio escrevia simplesmente
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Do que por uma propulsão consciente.
 
 
 
Entendi, depois disso, que devia,
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Durante as vinte e quatro horas do dia!
 
 
 
 
Riam de mim, os monstros zombeteiros,
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Sem ter uma alma só que me idolatre...
 
 
 
 
Tenha a sorte de Cícero proscrito
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Como Camões morrendo sobre um catre!"
 
 
 
 
Nisto, abre, em ânsias, a tumbal janela
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Mas meu orgulho ainda é maior do que ela!
 
 
 
 
Ruja a boca danada da profana
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Suplantará a própria espécie humana!
 
 
 
 
Quebro montanhas e aos tutões resisto
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Atira a luva para o próprio Cristo!
 
 
 
 
Chove. Sobre a cidade geme a chuva,
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Parece aos astros atirar a luva!
 
[[Categoria:Poesia brasileira]]
[[Categoria:Pré-Modernismo]]
[[Categoria:Augusto dos Anjos]]