Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Sonetos movido para Sonetos ao pai |
m Retirando categorias redundantes |
||
Linha 3:
|autor=Augusto dos Anjos
}}
==I==
''A meu Pai morto''
A meu Pai doente.
Linha 20 ⟶ 17:
Eu, para amenizar as minhas dores!
Que coisa triste! O campo tão sem flores,
Linha 30 ⟶ 25:
Mágoas crescendo e se fazendo horrores!
Magoaram-te, meu Pai?! Que mão sombria,
Linha 38 ⟶ 31:
De assim magoar-te sem pesar havia?!
- Seria a mão de Deus?! Mas Deus enfim
Linha 46 ⟶ 37:
Deus não havia de magoar-te assim!
==II==
Linha 60 ⟶ 49:
Sem um gemido, assim como um cordeiro!
E eu nem lhe ouvi o alento derradeiro!
Linha 70 ⟶ 57:
"Acorda-o"! deixa-o, Mãe, dormir primeiro!
E saí para ver a Natureza!
Linha 78 ⟶ 63:
Nem uma névoa no estrelado véu..-
Mas pareceu-me, entre as estrelas flóreas,
Linha 86 ⟶ 69:
Ver a alma de meu Pai subindo ao Céu!
==III==
Linha 98 ⟶ 79:
Numa fermentação gorda de cidra.
Duras leis as que os homens e a hórrida hidra
Linha 108 ⟶ 87:
Com a invariabilidade da clepsidra!...
Podre meu Pai! E a mão que enchi de beijos
Linha 116 ⟶ 93:
Sobre a mesa de orgíacos festins!...
Amo meu Pai na atômica desordem
Linha 128 ⟶ 103:
[[Categoria:Pré-Modernismo]]
[[Categoria:Augusto dos Anjos]]
[[Categoria:1912]]
|