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Revisão das 22h45min de 19 de novembro de 2009
Em torno a mim, em maré cheia, Soam como ondas a brilhar, O dia, o tempo, a obra alheia, O mundo natural a estar.
Mas eu, fechado no meu sonho, Parado enigma, e, sem querer, Inutilmente recomponho Visões do que não puder ser.
Cadáver da vontade feita, Mito real, sonho a sentir, Sequência interrompida, eleita Para o destino de partir.
Mas presa à inércia angustiada De não saber a direcção, E ficar morto na erma estrada Que vai da alma ao coração.
Hora própria, nunca venhas, Que olhar talvez fosse pior… E tu, sol claro que me banhas, Ah, banha sempre o meu torpor!