Libelo republicano: diferenças entre revisões

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Linha 203:
“Não conheço, Srs., demagogo mais furioso, conspirador de mais êxito, revolucionário maior do que um ministro do governo consagrado ao ímprobo trabalho, que se chama fazer eleições, e que, na realidade, consiste em desfazer a vontade nacional. A um governo assim eu não chamaria o centro da administração pública; chamá-lo-ia o viveiro, onde se cultivam as raízes das futuras barricadas, o antro, onde guardam-se as tempestades e os ventos de todos os revolucionários.
“O ato mais transcendente da vida pública é o das eleições. Os governos representativos ou não são cousa alguma, ou são governos de eleição. Quando este ato se perturba, com ele perturba-se a sociedade inteira, e os povos passam da anarquia à ditadura, e da ditadura à anarquia, como os doentes de febres do frio excessivo ao calor também excessivo.”
Não há negá-lo. Em matéria de corrupção eleitoral nenhum país chegou ainda à culminância, que nós já atingimos.
Cumpre estacar à borda do abismo, que ameaça devorar a república.
Se as urnas não se libertarem da tremenda corrupção que as avassala, quaisquer que sejam os homens investidos do poder, as instituições ruirão por falta de base.