As bolas de sabão que esta criança: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
ajustes utilizando AWB
multiplos ajustes utilizando AWB
Linha 3:
|autor=Alberto Caeiro
}}
:As bolas de sabão que esta criança
:Se entretém a largar de uma palhinha
:São translucidamente uma filosofia toda.
:Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
:Amigas dos olhos como as cousas,
:São aquilo que são
:Com uma precisão redondinha e aérea,
:E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,
:Pretende que elas são mais do que parecem ser.
 
<poem>
:As bolas de sabão que esta criança
:Se entretém a largar de uma palhinha
:São translucidamente uma filosofia toda.
:Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
:Amigas dos olhos como as cousas,
:São aquilo que são
:Com uma precisão redondinha e aérea,
:E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,
:Pretende que elas são mais do que parecem ser.
 
:Algumas mal se vêem no ar lúcido.
:São como a brisa que passa e mal toca nas flores
:E que só sabemos que passa
:Porque qualquer cousa se aligeira em nós
:E aceita tudo mais nitidamente.
</poem>
{{sem ano}}
 
[[Categoria:Realismo português]]
[[Categoria:Poesia portuguesa]]
[[Categoria:Alberto Caeiro]]
[[Categoria:Fernando Pessoa]]