Página:Espumas fluctuantes (corr. e augm.).djvu/23: diferenças entre revisões

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{{hífen|brais|obumbrais}} nos bastidores do abysmo, o que resta de vós?
{{c|<big>'''PBOLOGO i:,'''</big>}}


— Uma esteira de espumas... — flôres perdidas

<poem>
brais nos bastidores do abysmo, o que resta de

— Uma esteira de espumas... — flores perdidas
na vasta indifferença do oceano. — Um punhado
na vasta indifferença do oceano. — Um punhado
de versos... — espumas fluctuantes no dorso fero da
de versos... — espumas fluctuantes no dorso fero da
vidai...
vida!...


E o que são na verdade estes meus cantos?...
E o que são na verdade estes meus cantos?...
Linha 14: Linha 10:
Como as espumas que nascem do mar e do céo,
Como as espumas que nascem do mar e do céo,
da vaga e do vento, elles são filhos da musa — este
da vaga e do vento, elles são filhos da musa — este
sopro do alto; do coração — este pélago da alma.
sopro do alto; do coração — este pelago da alma.


E como as espumas são, ás vezes, a flora sombria
E como as espumas são, ás vezes, a flora sombria
Linha 20: Linha 16:
fatídico do látego da desgraça.
fatídico do látego da desgraça.


E como também o aljofre dourado das espumas
E como tambem o aljofre dourado das espumas
reflecte as opalas rutilantes do arco-iris, elles por
reflecte as opalas rutilantes do arco-iris, elles por
acaso reflectiram o prisma fantástico da ventura ou
acaso reflectiram o prisma fantástico da ventura ou
do enthusiasmo — estes signos brilhantes daalliança
do enthusiasmo — estes signos brilhantes da alliança
de Deus com a juventude!
de Deus com a juventude!


Linha 29: Linha 25:
nas solidões marinhas a lagrima saudosa do marujo.,
nas solidões marinhas a lagrima saudosa do marujo.,
possam elles, ó meus amigos! — ephemeros filhos
possam elles, ó meus amigos! — ephemeros filhos
de minh′alraa — levar uma lembrança de mim ás
de minh′alma — levar uma lembrança de mim ás
vossas plagas!...
vossas plagas!...


S. Salvador — Fevereiro de 1870.
S. Salvador — Fevereiro de 1870.



Castro Alves.
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