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<div class="prose"><div style="text-align:justify">{{multicol}}[[File:Crab-eating Macaque tree.jpg|thumb|300px|<center>'''Segundo a fábula,<br>O macaco vive vinte anos'''</center>]]
{{multicol-break}}<div style="text-align:justify">[[Ficheiro:InicialQ.svg|left|100px]]uando Deus tinha criado o mundo e decidiu fixar o tempo de vida de cada criatura, o asno veio e perguntou:
— ''Senhor, quanto tempo viverei?<br>▼
— ''Trinta anos, Deus respondeu, isso está bom para você?''<br>▼
Então Deus teve piedade dele e o libertou de dezoito anos. O asno saiu consolado e o cachorro apareceu.<br>▼
— ''Quanto tempo gostarias de viver?,'' disse Deus a ele.<br>▼
— ''Ah, Senhor,'' respondeu o
Em seguida veio o macaco, — ''Tu certamente viverás trinta anos com alegria?'' Disse o Senhor a ele. ''Não tens necessidade de trabalhar como o asno e o cachorro precisam fazer, e sempre estarás feliz contigo mesmo;<br>▼
▲Então Deus teve piedade dele e o libertou de dezoito anos. O asno saiu consolado e o cachorro apareceu.
— ''Ah!, Senhor'', respondeu ele, — ''pode ser que esse pareça ser o meu caso, mas é totalmente diferente. Quando sobra mingau, eu não tenho colher. Devo sempre brincar alegremente, e fazer caretas para que as pessoas riam, e se eles me dão uma maçã, e eu a mordo, ela é sempre azeda! Quantas vezes a tristeza se oculta por trás da alegria! Jamais conseguirei suportar trinta anos. Como Deus teve muita pena do macaco, lhe tirou dez anos.<br>▼
Finalmente o homem apareceu, alegre, saudável e vigoroso, e pediu a Deus que lhe dissesse quanto tempo iria viver.<br>▼
— ''Viverás trinta anos'', disse o Senhor. — ''Isso basta para ti?''<br>▼
— ''Porquê um tempo tão curto'', reclamou o homem, — ''quando eu tiver construído a minha casa e o meu fogo estiver queimando na minha própria lareira; quando eu tiver plantado árvores que florescem e dão frutos, e estiver pretendendo desfrutar a minha vida, eu tenho de morrer! Oh, Senhor, aumente o meu tempo.''<br>▼
— ''
— ''Isso é pouco,'' respondeu o homem. — ''Terás então os doze anos do cachorro.''<br>▼
— ''Senhor,'' respondeu o cachorro, - ''seria essa vossa vontade? Leve em consideração como terei de correr, meus pés não aguentariam tanto tempo, e quando eu tiver perdido a minha voz de tanto latir, e meus dentes de tanto comer, o que restará para eu fazer, a não ser correr de um canto para outro, e ficar rosnando?'' Deus viu que ele tinha razão, e o libertou de doze anos de vida.
— ''Ainda é muito pouco!<br>▼
— ''Bem,'' disse Deus, — ''eu te darei também os dez anos do macaco, porém, mais que isso não será possível.''<br>▼
▲Em seguida veio o macaco, — ''Tu certamente viverás trinta anos com alegria?'' Disse o Senhor a ele. ''Não tens necessidade de trabalhar como o asno e o cachorro precisam fazer, e sempre estarás feliz contigo mesmo;
[[Ficheiro:InicialO.svg|left|100px]] homem foi embora, mas não estava satisfeito.<br>▼
É por isso que o homem vive setenta anos. Os primeiros trinta anos são os anos que Deus lhe deu, os quais passam rápido; depois ele fica saudável, feliz e trabalha com prazer, e tem alegria em viver.<br>▼
▲— ''Ah!, Senhor'', respondeu ele, — ''pode ser que esse pareça ser o meu caso, mas é totalmente diferente. Quando sobra mingau, eu não tenho colher. Devo sempre brincar alegremente, e fazer caretas para que as pessoas riam, e se eles me dão uma maçã, e eu a mordo, ela é sempre azeda! Quantas vezes a tristeza se oculta por trás da alegria! Jamais conseguirei suportar trinta anos. Como Deus teve muita pena do macaco, lhe tirou dez anos.
Depois seguem-se os dezoito anos do asno, quando uma carga atrás da outra é posta sobre ele, ele precisa levar o milho que alimenta os outros, e tapas e pontapés são a recompensa por seus serviços de fidelidade.<br>▼
Depois vem os doze anos do cachorro, quando ele fica num canto, resmunga e não tem mais dentes para morder, e decorrido este tempo os dez anos do macaco terminam sua vida.<br>▼
▲Finalmente o homem apareceu, alegre, saudável e vigoroso, e pediu a Deus que lhe dissesse quanto tempo iria viver.
O homem é fraco da cabeça e tolo, comete doidices, e imita os gestos das crianças.<br>▼
▲— ''Porquê um tempo tão curto'', reclamou o homem, — ''quando eu tiver construído a minha casa e o meu fogo estiver queimando na minha própria lareira; quando eu tiver plantado árvores que florescem e dão frutos, e estiver pretendendo desfrutar a minha vida, eu tenho de morrer! Oh, Senhor, aumente o meu tempo.''
— ''Eu te darei os dezoito anos que o asno recusou,'' disse Deus.
▲— ''Bem,'' disse Deus, — ''eu te darei também os dez anos do macaco, porém, mais que isso não será possível.''
▲É por isso que o homem vive setenta anos. Os primeiros trinta anos são os anos que Deus lhe deu, os quais passam rápido; depois ele fica saudável, feliz e trabalha com prazer, e tem alegria em viver.
▲Depois seguem-se os dezoito anos do asno, quando uma carga atrás da outra é posta sobre ele, ele precisa levar o milho que alimenta os outros, e tapas e pontapés são a recompensa por seus serviços de fidelidade.
▲Depois vem os doze anos do cachorro, quando ele fica num canto, resmunga e não tem mais dentes para
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[[File:Donkey 1 arp 750px.jpg|thumb|300px|<center>Segundo a fábula,<br>'''O asno vive doze anos'''</center>]]
{{multicol-break}}[[File:YellowLabradorLooking new.jpg|thumb|300px|<center>'''Segundo a fábula,<br>O cachorro vive dezoito anos'''</center>]]{{multicol-end}}▼
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[[eo:Elektitaj fabeloj de la Fratoj Grimm/La vivolongo]]
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