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Deste modo, venha donde vier o reproche<ref> Cerca de dois anos para cá, recebi duas cartas anônimas, escritas por pessoa inteligente e simpática, em que me foi notado o uso do vocábulo ''reproche''. Não sabendo como responda ao meu estimável correspondente, aproveito esta ocasião.
 
''Reproche'' não é galicismo. Nem ''reproche'' nem ''reprochar''. Morais cita, para o verbo, este trecho dos ''Inéd.'', fl. 259: "hum non tinha que ''reprochar'' ao outro"; e aponta os lugares de Fernando de Lucena, Nunes de Leão e D. Francisco Manuel de Melo, em que se encontra o substantivo ''reproche''. Os espanhóis também o possuem. Resta a questão de eufonia. ''Reproche'' não parece malsoante. Tem contra si o desuso. Em todo caso, o vocábulo que lhe está mais próximo no sentido, ''exprobração'', acho que é insuportável. Daí a minha insistência em preferir o outro, devendo notar-se que não o vou buscar para dar ao estilo um verniz de estranheza, mas quando a ideia o traz consigo. [Nota do autor] </ref>, espero que daí mesmo virá a absolvição.
''Reproche'' não é galicismo. </ref>, espero que daí mesmo virá a absolvição.
 
==Notas==