Eu (Augusto dos Anjos, 1912)/Vencido (editar)
Revisão das 01h27min de 27 de julho de 2013
, 27 de julho de 2013Arrumei as estrofes de modo a ficar condizente com o texto original.
(Arrumei as estrofes de modo a ficar condizente com o texto original.) |
(Arrumei as estrofes de modo a ficar condizente com o texto original.) |
||
|autor=Augusto dos Anjos
}}
<nowiki>
No auge de atordoadora e ávida sanha
Leu tudo, desde o mais prístino mito,
Por exemplo: o do boi Ápis do Egito
Ao velho Niebelungen da Alemanha.
Acometido de uma febre estranha
Sem o escândalo fônico de um grito,
Mergulhou a cabeça no Infinito,
Arrancou os cabelos na montanha!
Desceu depois à gleba mais bastarda,
Pondo a áurea insígnia heráldica da farda
À vontade do vômito plebeu...
E ao vir-lhe o cuspo diário à boca fria
O vencido pensava que cuspia
Na célula infeliz de onde nasceu.
</nowiki>''([[Eu (Augusto dos Anjos)|Eu]], 41)''
[[Categoria:Pré-Modernismo]]
|