Minha Mãe (Machado de Assis): diferenças entre revisões

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http://pt.wikisource.org/wiki/Autor:Machado_de_Assis#Poesia
 
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{{navegar
|obra =Um Anjo
|autor =Machado de Assis
|anterior =
|posterior =
|seção =
|notas =Publicado pela primeira vez na edição de 2 de setembro de 1856 de [[Marmota Fluminense]], sendo posteriormente agrupado em [[Poesias dispersas]].
}}
<poem>
 
QUEM Foi que o berço me embalou da infância
{{d|(Imitação de Cowper)}}
{{d|Quanto eu, pobre de mim! quanto eu quisera
Viver feliz com minha mãe também!
{{sb|C. A. DE SÁ}}}}
 
 
QUEMQuem Foifoi que o berço me embalou da infância
Entre as doçuras que do empíreo vêm?
E nos beijos de célica fragrância
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Se devo ter no peito uma lembrança
É dela que os meus sonhos de criança
Dourou: - é minha mãe!
 
Dourou: - é minha mãe!
Quem foi que no entoar canções mimosas
Cheia de um terno amor - anjo do bem
Minha fronte infantil - encheu de rosas
De mimosos sorrisos? - Minha mãe!
Se dentro do meu peito macilento
O fogo da saudade me arde lento
É dela: minha mãe.
 
É dela: minha mãe.
Qual anjo que as mãos me uniu outrora
E as rezas me ensinou que da alma vêm?
E a imagem me mostrou que o mundo adora,
E ensinou a adorá-la? - Minha mãe'!
Não devemos nós crer num puro riso
Desse anjo gentil do paraíso
Que chama-se uma mãe?
 
Que chama-se uma mãe?
Por ela rezarei eternamente
Que ela reza por mim no céu também;
Nas santas rezas do meu peito ardente
Repetirei um nome: - minha mãe!
Se devem louros ter meus cantos d’alma
Oh! do porvir eu trocaria a palma
Para ter minha mãe!
</poem>
 
[[Categoria:Obras publicadas em 1856]]
[[Categoria:Machado de Assis]]
[[Categoria:Poesia brasileira]]
[[Categoria:Romantismo brasileiro]]