Soneto (N'augusta): diferenças entre revisões

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talvez utilizar a primeira frase como título do soneto
 
Linha 1:
{{navegar
|obra={{PAGENAME}}Soneto
|autor=Augusto dos Anjos
}}
 
<poem>
N'augusta solidão dos cemitérios,
 
Resvalando nas sombras dos ciprestes,
 
Passam meus sonhos sepultados nestes
 
Brancos sepulcros, pálidos, funéreos.
 
 
 
São minhas crenças divinais, ardentes
 
- Alvos fantasmas pelos merencórios
 
Túmulos tristes, soturnais, silentes,
 
Hoje rolando nos umbrais marmóreos,
 
 
 
Quando da vida, no eternal soluço,
 
Eu choro e gemo e triste me debruço
 
Na laje fria dos meus sonhos pulcros,
 
 
 
Desliza então a lúgubre coorte.
 
E rompe a orquestra sepulcral da morte,
 
Quebrando a paz suprema dos sepulcros
</poem>
 
 
[[Categoria:Poesia brasileira]]