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Há uma outra versão para esta história que diz que Júpiter favoreceu o rapaz com o dom da juventude eterna em combinação com o sono perpétuo. De uma pessoa tão abençoada poderemos ter somente algumas histórias para contar. Diana, diziam, cuidava para que a sorte dele não fosse mudada por causa da sua inatividade, pois ela havia multiplicado o rebanho dele, e protegido suas ovelhas e cordeiros dos animais selvagens.
A história de Endimião tem um encanto particular, pelo sentido humano que ela traduz, de modo tão sutil. Vemos em Endimião, o jovem poeta, onde a fantasia e o amor buscam em vão aquilo que possa satisfazê-los, encontrando esse momento favorito na tranquilidade do luar, e embalando ali, sob os clarões da contemplação brilhante e silenciosa, a melancolia e o ardor que o consomem. A história sugere um amor poético e ambicioso, uma vida entregue mais aos sonhos do que à realidade, bem como a uma morte prematura e agradável.
--S. G. B.
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<poem>
"... Este pensamentos são teus, deusa da noite;
De ti promanam, como os
Enquanto os outros dormem
Velados pelas sombras macias que descem da
Seu pastor te consola por ela menos enamorado,
Do que eu por ti"
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Órion era filho de [[:w:Netuno (mitologia)|Netuno]]. Ele era um belo gigante e poderoso caçador. Seu pai lhe concedeu o poder de vagar pelas profundezas do mar, ou, como dizem, de andar pela sua superfície.
Órion era apaixonado por [[:w:Mérope|Mérope]], filha de [[:w:Enopião|Enopião]], rei de [[:w:Quios|Quios]], e desejava se casar com ela. Ele acabou com as feras selvagens da ilha, e trouxe os despojos da caça como
Depois deste fato, o gigante viveu como caçador em companhia de Diana, de quem ele era favorito, e dizem até que ela pretendia se casar com ele. O irmão dela ficou muito descontente e muitas vezes chegou a repreendê-la, mas ela não lhe dava crédito. Um dia, ao observar Órion que caminhava pelo mar com a cabeça um pouco acima da superfície, Apolo o indicou com o dedo para sua irmã, dizendo que ela não conseguiria acertar aquele ponto negro em cima das águas. A deusa dos arcos disparou a flecha que teve um desfecho infeliz. As ondas rolaram o corpo sem vida de Órion até a praia, e deplorando seu erro fatal com uma chuva de lágrimas, Diana o colocou entre as estrelas, onde ele ressurge como um gigante, com uma guirlanda, uma espada, e uma pele de leão, e uma clava. [[:w:Sírius|Sírio]], o seu cachorro, fez questão de segui-lo, e as [[:w:Plêiades (mitologia)|Plêiades]], foram voando atrás dele.
As Plêiades eram filhas de [[Atlas (mitologia)|Atlas]], e ninfas que faziam parte do séquito de Diana. Um dia Órion as viu, se apaixonou por elas e decidiu persegui-las. Angustiadas, pediram aos deuses para que suas formas fosse mudadas, e Júpiter se compadeceu delas e as transformou em pombas, tornando-as uma constelação no céu. Embora
O poeta [[:w:Henry Wadsworth Longfellow|Henry Wadsworth Longfellow]] (1807-1882) escreveu um poema sobre o "Desaparecimento de Órion." As estrofes seguintes são aquelas onde ele
[[Ficheiro:Orion.jpg|thumb|300px|center|<center>Órion, o caçador gigante<br>da obra [[:w:Uranografia|Uranografia]] de [[:w:Johann Elert Bode|Johann Elert Bode]] (1747-1826)(<center/>]]
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Aos seus pés, dentro do rio.
Sua clava poderosa não mais fere
As têmporas do touro; mas ele,
Cambaleante como outrora ao longo da praia,
Quando foi cegado por Enopião
E subindo pela garganta estreita,
Fixou seus olhos sem expressão no sol."
</poem>
O poeta [[:w:Alfred Tennyson|Alfred Tennyson]] (1809-1892) possui uma teoria sobre as Plêiades:
<poem>
"Muitas noites contemplei as Plêiades, ascendendo a suave sombra,
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"Como as plêiades desaparecidas, não mais foram vistas lá embaixo."
Veja também [http://books.google.com.br/books?id=R_BLAAAAcAAJ&pg=PA113&lpg=PA113&dq=Fel%C3%ADcia+Hemans+Pleiades&source=bl&ots=D69JLF4EFC&sig=yyoPBzZZB8Uu1WaMniZPtA2H7JQ&hl=pt-BR&sa=X&ei=gf4eU5qpEsnfkgeW7oGQDQ&ved=0CCwQ6AEwAA#v=onepage&q=Fel%C3%ADcia%20Hemans%20Pleiades&f=false os versos] da poetisa inglesa [[:w:Felicia Hemans|Felícia Hemans]] (1793-1835) sobre o mesmo tema.
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[[Ficheiro:Aurora Greek Goddess.jpg|thumb|500px|center|<center>Aurora e Titono<br>da obra de [[:w:Francesco de Mura|Francesco de Mura]] (1696–1784)<center/>]]
Aurora, a deusa do [[:w:Aurora (mitologia)|Amanhecer]], como a sua irmã [[:w:Lua|Lua]], era algumas vezes inspirada pelo amor dos mortais. O seu grande favorito era Titono, filho de [[:w:Laomedonte|Laomedonte]], rei de [[:w:Troia|Troia]]. Ela o raptou, e convenceu Júpiter a conceder-lhe a imortalidade; porém, esquecendo-se de adicionar a juventude ao presente que havia dado, depois de algum tempo ela começou a perceber, para seu grande pesar, que ele estava envelhecendo. Quando o seu cabelo
Mêmnon era filho de Aurora e Titono. Ele era rei dos etíopes, e vivia no extremo oriente, nas costas do Oceano. Ele tinha vindo, junto com seus guerreiros, para oferecer ajuda ao seu pai na [[:w:Guerra de Troia|Guerra de Troia]]. O [[:w:Príamo|rei Príamo]] o recebeu com grandes honras, e ouvia com admiração as suas histórias sobre as maravilhas
No mesmo dia de sua chegada, Mêmnon, impaciente com tanto repouso, conduziu suas tropas até os campos de batalha. [[:w:Antíloco|Antíloco]], o valoroso filho de [[:w:Nestor|Nestor]], foi morto por suas mãos, e os gregos já estavam fugindo, quando [[:w:Aquiles|Aquiles]] apareceu e a batalha foi reiniciada. Uma disputa longa e discutível se estabeleceu entre Aquiles e o filho de Aurora; finalmente, a vitória foi declarada por Aquiles, Mêmnon foi derrotado, e os
Aurora, que do seu trono celestial havia assistido, com preocupação, os riscos que o seu filho desafiou, quando ela percebeu que ele iria
Diferentemente da maioria das maravilhas contadas pela mitologia antiga, ainda existem alguns monumentos que comemoram este fato. Nas margens do rio Nilo, no Egito, existem duas estátuas colossais, uma das quais dizem ser a estátua de Mêmnon. Registros de escritores antigos afirmam que quando os primeiros raios do sol nascente caem sobre a estátua,
A estátua de Mêmnon que emite sons é o tema favorito, a quem os poetas fazem referências. [[:w:Erasmus Darwin|Erasmus Darwin]] (1731-1802), em seu poema "O Jardim Botânico" diz o seguinte:
<poem>
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[[File:Claude Lorrain 001.jpg|thumb|500px|center|<center>[[:w:Ácis|Ácis]] e [[:w:Galateia|Galateia]]<br>da obra de [[:w:Claude Lorrain|Claude Lorrain]] (1604–1682)(<center/>]]
[[:w:Cila (filha de Niso)|Cila]] era uma bela virgem que vivia na Sicília, e favorita das ninfas do mar. Muitos pretendentes a desejavam, mas ela rejeitava todos eles, e se refugiava na gruta de [[:w:Galateia|Galateia]], e contava à ninfa como ele era perseguida. Um dia a deusa, enquanto Cila arrumava seus cabelos, ouvia a história, e disse à ela, "No entanto, minha querida, os seus perseguidores não fazem parte da raça rústica de homens, a quem possas rejeitar quando quiseres; mas eu, filha de Nereu, e protegida por um grupo
"Seu pai e sua mãe o amavam muito, mas o amor deles não era igual ao meu. Pois o belo rapaz só dava atenções a mim, e ele tinha apenas dezesseis anos de idade, e a barba rala apenas começava a escurecer a sua face. Da mesma forma que eu buscava a companhia dele,
"Então, pela primeira vez, o ciclope começou a cuidar da própria aparência, e tentar
"Há um penhasco que se projeta para dentro do mar, cujas águas lavam suas encostas de ambos os lados. Para lá subiu um dia o enorme Ciclope, e ficou sentado enquanto seu rebanho se dispersava por todos os lados. Colocando no chão o cajado, que poderia ser usado como mastro para segurar a vela de um navio, e pegando seu instrumento, feito por inúmeros tubos, fez com que as montanhas e as águas ecoassem os acordes de sua canção. Eu fiquei escondida debaixo de uma pedra ao lado do meu adorado Ácis, e ouvia a canção que tocava ao longe. Ele fazia exagerados elogios à minha beleza, mesclados com censuras apaixonadas com relação à minha frieza e crueldade."
"Quando ele terminou de cantar, ele se levantou, e,
"Tudo o que eu podia fazer eu fiz por Ácis. Eu o cobri com as honras de seu avô, o deus dos rios. O sangue vermelho escorria por debaixo da rocha, mas aos poucos foi ficando mais pálido e parecia a correnteza de um rio que havia ficado turva por causa da chuva, e com o passar do tempo foi se tornando clara. A pedra rachou, e a água, que jorrava da fenda, pronunciava um murmúrio agradável."
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