O Crime do Padre Amaro/VII: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
OTAVIO1981 (discussão | contribs)
Sem resumo de edição
m OTAVIO1981: match
Linha 7:
|notas=
}}[[Categoria:O Crime do Padre Amaro|Capítulo 07]]
 
==__MATCH__:[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/133]]==
Dias depois o padre Amaro e o cônego Dias tinham ido jantar com o abade da Cortegassa. - Era um velho jovial, muito caridoso, que vivia há trinta anos naquela freguesia e passava por ser o melhor cozinheiro da diocese. Todo o clero das vizinhanças conhecia a sua famosa [[wikt:cabidela|cabidela]] de caça. O abade fazia anos, havia outros convidados - o padre Natário e o padre Brito: o padre Natário era uma criaturinha biliosa, seca, com dois olhos encovados, muito malignos, a pele picada das bexigas e extremamente irritável. Chamavam-lhe o Furão. Era esperto e questionador; tinha fama de ser grande [[wikt:latinista|latinista]], e ter uma lógica de ferro; e dizia-se dele: é uma língua de víbora! Vivia com duas sobrinhas órfãs, declarava-se extremoso por elas, gabava-lhes sempre a virtude, e costumava chamar-lhes as duas rosas do seu canteiro. O padre Brito era o padre mais estúpido e mais forte da diocese; tinha o aspecto, os modos, a forte vida de um robusto [[wikt:beirão|beirão]] que maneja bem o cajado, emborca um almude de vinho, pega alegremente à rabiça do arado, serve de trolha nos arranjos de um [[wikt:alpendre|alpendre]] , e nas sestas quentes de Junho atira brutalmente as raparigas para cima das medas de milho. O senhor chantre, sempre correto nas suas comparações mitológicas, chamava-lhe - o [[w:Leão de Nemeia|leão de Nemeia]].
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/134]]==
modos, a forte vida de um robusto [[wikt:beirão|beirão]] que maneja bem o cajado, emborca um almude de vinho, pega alegremente à rabiça do arado, serve de trolha nos arranjos de um [[wikt:alpendre|alpendre]] , e nas sestas quentes de Junho atira brutalmente as raparigas para cima das medas de milho. O senhor chantre, sempre correto nas suas comparações mitológicas, chamava-lhe - o [[w:Leão de Nemeia|leão de Nemeia]].
 
A sua cabeça era enorme, de cabelo lanígero que lhe descia até as sobrancelhas: a pele curtida tinha um tom azulado, do esforço da navalha de barba; e, nas suas risadas bestiais, mostrava dentinhos muito miúdos e muito brancos do uso da broa.
Linha 24 ⟶ 27:
— Olha que arranjo me aparece agora pela tarde!...
 
— Ai, filha! as mulheres querem-se como as
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/135]]==
peras, maduras e de sete cotovelos. Então é que é chupá-las!
 
Os padres gargalharam; e, alegremente, acomodaram-se à mesa.
Linha 36 ⟶ 41:
— Oh senhor pároco! dizia ele a Amaro, por quem é! mais um bocadinho de cabidela, faça favor! Essas codeazinhas de pão ensopadas no molho! Isso! isso! Que tal, hem? - E com um aspecto modesto: - Não é lá por dizer, mas a cabidela hoje saiu-me boa!
 
Estava com efeito, como disse o cônego Dias, de tentar Santo Antão no deserto! Todos tinham tirado as capas, e, só com as batinas, as voltas alargadas, comiam devagar, falando pouco. Como no dia seguinte era a festa da Senhora da Alegria, os
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/136]]==
sinos na capela, ao lado, repicavam; e o bom sol do meio-dia dava tons muito alegres à louça, às bojudas canecas azuis com vinho da Bairrada, aos pires de pimentões escarlates, às frescas malgas de azeitonas pretas - enquanto o bom abade, de olho arregalado, mordendo o beiço, ia cortando com cuidado nacos brancos do peito do capão recheado.
 
As janelas abriam para o quintal. Viam-se dois largos pés de camélias vermelhas crescendo junto ao peitoril, e para além das copas das macieiras um pedaço muito vivo de céu azul-ferrete. Uma nora chiava ao longe, lavadeiras batiam a roupa.
 
Sobre a cômoda, entre in-folios, na sua peanha, um Cristo perfilava tristemente contra a parede o seu corpo amarelo, coberto de chagas escarlates: e, aos lados, simpáticos santos sob redomas de vidro, lembravam legendas mais doces de religião amável: o bom gigante S. Cristóvão atravessando o rio com o divino pequerrucho que sorri, e faz saltar o mundo sobre a sua mãozinha como uma péla; o doce pastor S. Joãozinho coberto com uma pele de ovelha, e guardando os seus rebanhos, não com um cajado, mas com uma cruz; o bom porteiro S. Pedro, tendo na sua mão de barro as duas santas chaves que servem nas fechaduras do Céu! Nas paredes, em litografias de coloridos cruéis, o patriarca S. José apoiava-se ao seu cajado onde florescem lírios brancos; o cavalo empinado do bravo S. Jorge pisava o ventre dum dragão surpreendido; e o bom Santo Antônio, à beira dum regato, sorria, falando a um tubarão. O tlintlim dos copos, o ruído das facas animava a velha sala, de teto de carvalho defumado, duma alegria desusada. E Libaninho devorava, dizendo pilhérias.
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/137]]==
E Libaninho devorava, dizendo pilhérias.
 
— Gertrudinhas, flor do caniço, passa-me as bages. Não me olhes assim, magana, que me fazes revolver os intestinos!
Linha 56 ⟶ 65:
— Muita pobreza, mas muita preguiça, considerou duramente o padre Natário. - Em muitas fazendas sabia ele que havia falta de jornaleiros, e viam-se marmanjos, rijos como pinheiros, a choramingar Padre-Nossos pelas portas. - Súcia de mariolas, resumiu.
 
— Deixe lá, padre Natário, deixe lá! disse o abade. Olhe que há pobreza deveras. Por aqui há famílias, homem, mulher e cinco filhos, que
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/138]]==
dormem no chão como porcos e não comem senão ervas.
 
— Então que diabo querias tu que eles comessem? exclamou o cônego Dias lambendo os dedos depois de ter esburgado a asa do capão. Querias que comessem peru? Cada um como quem é!
Linha 80 ⟶ 91:
— Ah! lá isso não falemos! exclamou o abade com desgosto. Neste momento há só aqui na freguesia mais de doze raparigas solteiras grávidas! Pois senhores, se as chamo, se as repreendo, põem-se a fungar de riso!
 
— Lá nos meus sítios, disse o padre Brito, quando foi pela apanha da azeitona, como há falta de braços, vieram as maltas trabalhar. Pois agora o verás! Que desaforo! - Contou a história
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/139]]==
das maltas, trabalhadores errantes, homens e mulheres, que andam oferecendo os braços pelas fazendas, vivem na promiscuidade e morrem na miséria. - Era necessário andar sempre de cajado em cima deles!
 
— Ai! disse o Libaninho para os lados apertando as mãos na cabeça. Ai, o pecado que vai pelo mundo! Até se me estão a eriçar os cabelos!
Linha 101 ⟶ 114:
 
— E aqui para nós, meus ricos, disse o cônego Dias baixando a voz, com o olhinho aceso numa malícia confidencial, sempre lhes digo que é uma mulher de mão-cheia!
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/140]]==
 
— É mentira! clamou o Brito. E falando de um jato: - Quem anda a espalhar isso é o morgado da Cumiada, porque o regedor não votou com ele na eleição... Mas tão certo como eu estar aqui, quebro-lhe os ossos! - Tinha os olhos injetados, brandia o punho: - Quebro-lhe os ossos!
Linha 128 ⟶ 142:
Só Amaro parecia surpreendido.
 
— Homem! disse o abade com ingenuidade,
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/141]]==
disso é que eu cá precisava. Eu então tenho de andar aí a estafar-me de porta em porta. - E sorrindo bondosamente: - Com o que se faz ainda alguma coisita é com o relaxe da côngrua!
 
— E com a confissão, disse o padre Natário. A coisa então vai pelas mulheres, mas vai segura! Da confissão tira-se grande partido.
Linha 156 ⟶ 172:
— Oh, Natário! oh, filho! isso não!
 
O Libaninho tinha-se benzido; e, dizia, "tinha
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/142]]==
já um tal terror que até lhe tremiam as pernas" !
 
Natário irritou-se:
Linha 177 ⟶ 195:
 
O cônego Dias, pousando o talher, ergueu os braços, e com uma solenidade cômica exclamou:
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/143]]==
 
— Hereticus est! É herege!
Linha 202 ⟶ 221:
— A Sua Santidade Pio IX! gritou então o Libaninho brandindo o cálice. Ao mártir!
 
Todos beberam comovidos. Libaninho entoou em voz de falsete o hino de Pio IX: o abade, prudente,
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/144]]==
fê-lo calar por causa do hortelão que no quintal aparava o buxo.
 
A sobremesa foi longa, muito saboreada. Natário tornara-se terno, falava das suas sobrinhas, "as suas duas rosas", e citava Virgílio, molhando as castanhas em vinho. Amaro, todo deitado para trás na cadeira, as mãos nos bolsos, olhava maquinalmente as árvores do jardim, pensando vagamente em Amélia, nas suas formas; suspirou mesmo com um desejo dela - enquanto o padre Brito, rubro, queria convencer os republicanos a marmeleiro.
Linha 219 ⟶ 240:
 
Houve uma enorme risada.
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/145]]==
 
O Libaninho ficara extático.
Linha 235 ⟶ 257:
 
O cônego Dias e o abade, de braço dado, caturravam. O Brito, ao lado de Amaro, jurava que havia de beber o sangue ao morgado da Cumeada.
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/146]]==
 
— Prudência, colega Brito, prudência, dizia Amaro chupando o cigarro.
Linha 267 ⟶ 290:
 
— Queira vossa senhoria perdoar, dizia humildemente o homem.
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/147]]==
 
— Sua besta! berrava Natário com os olhos chamejantes. Que o racho!
Linha 285 ⟶ 309:
 
Ela fez-se um pouco vermelha:
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/148]]==
 
— Vim à quinta com a D. Maria da Assunção. Vim dar uma vista de olhos à fazenda.
Linha 311 ⟶ 336:
 
— Para onde foi a senhora, João? perguntou Amélia.
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/149]]==
 
— Foi pro olival, disse o rapaz com a sua vozinha arrastada. O olival era longe, no fundo da quinta: havia ainda grandes lamas, não se podia ir lá sem tamancos.
Linha 324 ⟶ 350:
Amaro ouvia-a falar, com a cabeça baixa, olhando-a de lado; a sua voz naquele silêncio dos campos parecia-lhe mais rica, mais doce; o grande ar dava-lhe uma cor mais picante às faces; o seu olhar rebrilhava. Para saltar umas lamas tinha apanhado o vestido; e a brancura da meia, que ele entreviu, perturbou-o como um começo da sua nudez.
 
Ao fundo da parreira atravessaram um campo
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/150]]==
ao comprido dum regueiro. Amélia riu muito do pároco, que tinha medo dos sapos. Ele então exagerou os seus sustos. Ó menina Amélia, haveria víboras? Ele roçava-se por ela, afastando-se das ervas altas.
 
— Vê aquele valado? Pois para o lado de lá é a nossa fazenda. Entra- se pela cancela, vê? Mas veja lá se está cansado! Que o senhor parece-me que não é grande caminhador... Ai, um sapo!
Linha 343 ⟶ 371:
 
— Anda lá para o fundo da quinta! disse ela. Que seca! Se o senhor pároco quisesse, aqui adiante pode-se passar. Há uma abertura no valado, chamam-lhe o salto da cabra. Pode a gente saltar para o outro lado.
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/151]]==
 
E caminhando rente ao silvado, chapinhando a lama, toda alegre:
Linha 364 ⟶ 393:
Traçou a capa, saltou: mas escorregou nas ervas úmidas, - e imediatamente Amélia, debruçando-se, rindo muito, com grandes acenos de mãos:
 
— E agora adeus, senhor pároco, que eu vou ter com a D. Maria. Aí fica preso na fazenda. Para cima não pode o senhor pular, pela cancela
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/152]]==
não pode o senhor passar! É o senhor pároco que está preso...
 
— Ó menina Amélia! ó menina Amélia!
Linha 394 ⟶ 425:
Mas ela de repente apanhou os vestidos, correu ao comprido do valado. Amaro, com grandes passadas, seguiu-a atarantado. Quando chegou à cancela, Amélia falava ao caseiro, que aparecia com a chave.
 
Atravessaram o campo junto ao regueiro, depois a rua coberta com a parreira. Amélia adiante palrava com o caseiro; e atrás Amaro, de cabeça baixa, seguia muito murcho. Ao pé da
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/153]]==
casa Amélia parou, fazendo-se vermelha, compondo sempre a manta em redor do pescoço:
 
— Ó Antônio, disse, ensine o portão ao senhor pároco. Muito boas tardes, senhor pároco.
Linha 412 ⟶ 445:
{{separador}}
 
Estava há muito namorada do padre Amaro - e às vezes, só, no seu quarto, desesperava-se por imaginar que ele não percebia nos seus olhos a confissão do seu amor! Desde os primeiros dias, apenas o ouvia pela manhã pedir de baixo o almoço, sentia uma alegria penetrar todo o seu ser sem razão, punha-se a cantarolar com uma volubilidade de pássaro. Depois via-o um pouco triste. Por quê? Não conhecia o seu passado; e lembrada do frade de Évora, pensou que ele se fizera padre por um desgosto de amor. Idealizou-o então: supunha-lhe uma natureza muito terna, parecia- lhe que da
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/154]]==
sua pessoa airosa e pálida se desprendia uma fascinação. Desejou tê-lo por confessor: como seria estar ajoelhada aos pés dele, no confessionário, vendo de perto os seus olhos negros, sentindo a sua voz suave falar do Paraíso! Gostava muito da frescura da sua boca; fazia-se pálida à idéia de o poder abraçar na sua longa batina preta! Quando Amaro saía, ia ao quarto dele, beijava a travesseirinha, guardava os cabelos curtos que tinham ficado nos dentes do pente. As faces abrasavam-se-lhe quando o ouvia tocar a campainha.
 
Se Amaro jantava fora com o cônego Dias, estava todo o dia impertinente, ralhava com a Ruça, às vezes mesmo dizia mal dele, "que era casmurro, que era tão novo que nem inspirava respeito". Quando ele falava de alguma nova confessada, amuava, com ciúme pueril. A sua antiga devoção renascia, cheia de um fervor sentimental: sentia um vago amor físico pela Igreja; desejaria abraçar, com pequeninos beijos demorados, o altar, o órgão, o missal, os santos, o Céu, porque não os distinguia bem de Amaro, e pareciam-lhe dependências da sua pessoa. Lia o seu livro de missa pensando nele como no seu Deus particular. E Amaro não sabia, quando passeava agitado pelo quarto, que ela em cima o escutava, regulando as palpitações do seu coração pelas passadas dele, abraçando o travesseiro, toda desfalecida de desejos, dando beijos no ar, onde se lhe representavam os lábios do pàroco!
Linha 418 ⟶ 453:
{{separador}}
 
A tarde caía quando D. Maria e Amélia voltaram para a cidade. Amélia adiante, calada,
A tarde caía quando D. Maria e Amélia voltaram para a cidade. Amélia adiante, calada, chibatava a sua burrinha, enquanto D. Maria da Assunção vinha palrando com o moço da quinta, que segurava a arreata. Ao passarem junto à Sé tocou a Ave-Maria. E Amélia, rezando, não podia destacar os olhos das cantarias da igreja tão grandiosamente erguidas, decerto para que ele ali celebrasse! Lembravam-lhe então domingos em que o vira, ao repicar dos sinos, dar a bênção dos degraus do altar-mor: e todos se curvavam, mesmo as senhoras do morgado Carreiro, mesmo a Sra. baronesa da Via-Clara e a mulher do governador civil, tão orgulhosa com o seu nariz de cavalete! Dobravam-se sob os seus dedos erguidos, e achavam decerto também bonitos os seus olhos negros! E era ele que a tinha apertado nos braços, ao pé do valado! Sentia ainda no pescoço a pressão cálida dos seus beiços: uma paixão flamejou como uma chama por todo o seu ser: largou a arreata do burrinho, apertou as mãos contra o peito, e cerrando os olhos, lançando toda a sua alma numa devoção:
==[[Página:O Crime do Padre Amaro.djvu/155]]==
A tarde caía quando D. Maria e Amélia voltaram para a cidade. Amélia adiante, calada, chibatava a sua burrinha, enquanto D. Maria da Assunção vinha palrando com o moço da quinta, que segurava a arreata. Ao passarem junto à Sé tocou a Ave-Maria. E Amélia, rezando, não podia destacar os olhos das cantarias da igreja tão grandiosamente erguidas, decerto para que ele ali celebrasse! Lembravam-lhe então domingos em que o vira, ao repicar dos sinos, dar a bênção dos degraus do altar-mor: e todos se curvavam, mesmo as senhoras do morgado Carreiro, mesmo a Sra. baronesa da Via-Clara e a mulher do governador civil, tão orgulhosa com o seu nariz de cavalete! Dobravam-se sob os seus dedos erguidos, e achavam decerto também bonitos os seus olhos negros! E era ele que a tinha apertado nos braços, ao pé do valado! Sentia ainda no pescoço a pressão cálida dos seus beiços: uma paixão flamejou como uma chama por todo o seu ser: largou a arreata do burrinho, apertou as mãos contra o peito, e cerrando os olhos, lançando toda a sua alma numa devoção:
 
— Oh, Nossa Senhora das Dores, minha madrinha, faz que ele goste de mim!