Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Sem resumo de edição |
utilizando AWB |
||
Linha 1:
{{navegar
|autor=
|obra=Quem sou eu?
|notas=
Linha 10:
Sou um trovador proscrito,
Que trago na fronte escrita
Esta palavra
''Augusto Emílio Zaluar''
Amo o pobre, deixo o rico,
Linha 36:
Os birbantes mais lapuzes,
Compram negros e comendas,
Têm brasões, não
E, com tretas e com furtos
Vão subindo a passos curtos;
Linha 58:
Que do brio descuidado,
Vende a lei, trai a justiça,
Com rigor deprime o pobre
Presta abrigo ao rico, ao nobre,
E só acha horrendo crime
No mendigo, que deprime.
Té que a manha perca ou torça.
Fujo às léguas do lojista,
Do beato e do sacrista
Crocodilos disfarçados,
Que se fazem muito honrados
Linha 119:
Gentes pobres, ''nobres gentes''
Em todos há ''meus parentes''.
Entre a brava ''militança''
Fulge e brilha alta ''bodança'';
Guardas, Cabos, Furriéis,
Linha 126:
Rutilantes Generais,
Capitães-de-mar-e-guerra,
Na suprema eternidade,
Onde habita a Divindade,
Linha 132:
Que por nós são adorados.
Entre o coro dos Anjinhos
Também há muitos bodinhos.
O amante de Siringa
Tinha pêlo e má catinga;
Linha 150:
Folgue e brinque a bodaria;
Cesse pois a matinada,
Porque tudo é ''bodarrada''!
</poem>
|