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==Versão de 1676==
<poem>
No retiro de Belem,
Hoje o Principe Divino,
Hum jardim de flores faz.
Hum laberinto de glorias,
Aqui
Donde naõ
Aquelle que chega a entrar.
No Meyo
Duas fontes de
Cuja Mãy de agoa fechada,
He a pura Virgem Mãy.
De hum
Invençaõ de aljofar
Que a hum Minino de
Faz
Em hum enbrechado que o tempo,
Nas eras formando
Hum amor
Inda que feito ao mortal.
Aly
Que ninguem pòde
Onde as Angelicas Aves,
Fazem Choro
A verdade
Retratada ao natural,
E em hũa
Se vè a
A belleza de hũa Virgem,
Faz hum
E os
O cravo lhos quis tomar.
As flores por infinitas,
Naõ
Vertendo
O
Saõ
As Angelicas
O Amor perfeito
A Perpetua
A
As chagas amor as traz,
Que de muitos mal me queres,
Se vem ellas a formar.
Aqui
De tres Reyes Orientaes,
Que o Senhor
Fabricou pelo adornar.
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Pelos olores que dà.
A eſte Jardim de dilicias,▼
Almas todas caminhay,
A colher flores da gloria,
Que vivem
:::''
Quem quizer colher flores,
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Que hum Minino de amores,
Todas retrata.
Que o minino de flores,
He a
:::'''''Coplas.'''''
A colher
A Belem vamos,
Que o Minino que nace,
Linha 96 ⟶ 102:
Todo he feito de flores,
E
Flor dos martyrios.
Linha 106 ⟶ 112:
Sempre he pura, & nevada,
A limpa
Sobre dous olhos de agoa,
Branca
De
Saõ as mininas,
Com rocios de aljofar,
As maravilhas.
He o naris,
Qual ramalhete,
Canutilho de prata,
A que
De carmin he a boquinha,
Linha 127 ⟶ 133:
Duas Rozas as faces,
Se hoje de nacar,
Ande
Bem violadas.
Na garganta que as veas,
Linha 135 ⟶ 146:
As campaynhas.
Em as maõs
Brancas, & bellas,
Jà os cravos abertos,
Linha 142 ⟶ 153:
Tem os pès piquininos,
Bem divididas,
Como
Sinco folhinhas.
Em Belem todas,
Com que amor tece as palmas,
E faz as Coroas.
:::''
Quem quizer colher flores,
Linha 156 ⟶ 167:
Que hum Minino de amores,
Todas retrata.
Que o minino de flores,
He a
</poem>
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==Versões de 1701 e 1707==
Linha 170 ⟶ 182:
Hum laberinto de flores,
Aqui
Donde naõ
Aquelle que
No meyo
Ha humas fontes de
Cuja Mãy de agoa fechada,
He a pura Virgem Mãy.
De hum
Invençaõ de aljofar
Que a hum Minino de
Faz
Em hum embrechado, que o tempo
Nas eras formando
Hum Amor
Inda que feyto ao mortal.
A Belleſa de huma Virgem▼
Faz hum fermoſo roſal,▼
E os eſpinhos, que lhe faltaõ▼
O Cravo veyo a tomar.
As flores saõ infinitas,
As Angelicas
O Amor perfeyto hum feitiço,
A perpetua
A natureza he a
As chagas Amor as traz,
Que de muytos malmequeres
Se vem ellas a formar.
Aqui
De tres Reyes Orientaes,
Que o Senhor
Mandou trazer de Sabà.
Linha 219 ⟶ 246:
Que hoje Amor quiz encarnar.
A velo, almas,
Voae, correy, caminhae,
Achareis hum Paraizo
Melhor do que o terreal.
:::''
Quem
A Belem parta,
Que o Minino de amores,
Todas retrata.
Ay Jesus, que favor!
Que o Minino de flores,<ref>Na versão de 1707: "Que o Minino de amores"</ref>
He a
:::'''''Coplas.'''''
A colher
A Belem vamos,
Que o Minino que nace,
Linha 242 ⟶ 269:
Todo he feyto de flores
E
Flor dos martyrios.
Seus
Junquilhos louros
Sobre as fontes de prata
Linha 252 ⟶ 279:
Toda he pura & nevada
A branca
Juntos a dous olhos de agoa
Clara açucena.
De
Saõ as mininas
Com os rocios de aljofar<ref>Na versão de 1707: "Com os rocios da Aurora"</ref>
As maravilhas.
He o nariz
Lindo & decente
Canutilho de prata
Com que
Duas rozas as faces,
Se hoje de nacar.
Ande
Bem violadas.
Saõ duas clavelinas
A breve boca,
Se ri a
Aljofar
Na garganta que as veas
Azuis
Forma o azul, & o nevado
As campainhas.
Saõ as mãos
Largas, & bellas
Que atè o Ceo chegaõ.
Tem os pès pequininos
Bem divididas,
Como
Sinco folhinhas.
Em Belem todas,
Com que amor tece as palmas,
Para as Coroas.
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==Notas==
Linha 303 ⟶ 336:
[[Categoria:Vilancicos dos Séculos XVII e XVIII]]
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