Bem sei, Amor, que he certo o que receio: diferenças entre revisões

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|obra = (Bem sei, Amor, que éhe certo o que receio)
|autor = Luís Vaz de Camões
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Bem sei, Amor, que é certo o que receio;
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mas tu, porque com isso mais te apuras,
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de manhoso mo negas, e mo juras
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no teu dourado arco; e eu to creio.
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A mão tenho metida no teu seio,
e não vejo meus danos às escuras;
e tu contudo tanto me asseguras
que me digo que minto, e que me enleio.
 
Não somente consinto neste engano,
mas inda to agradeço, e a mim me nego
tudo o que vejo e sinto de meu dano.
 
Oh! poderoso mal a que me entrego!
Que, no meio do justo desengano,
me possa inda cegar um moço cego!
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[[Categoria:Luís Vaz de Camões]]
[[Categoria:Obras completas de Luis de Camões]]
[[Categoria:Poesia portuguesa]]
[[Categoria:Classicismo português]]