História da Mitologia/III: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m link para padrão de página utilizando AWB
Claudio Pistilli (discussão | contribs)
Linha 14:
 
A famosa estátua de Apolo chamada de Belvedere representa o deus depois da vitória sobre a serpente Píton. A este fato [[:w:Lord Byron|Byron]] faz alusão em seu "Childe Harold," iv., 161:
<center>
 
"O senhor do arco certeiro,<br>
O deus da vida, da poesia e da luz<br>
 
O Sol, provido dos membros e da fronte dos humanos<br>
O deus da vida, da poeisa e da luz
Todo radiante por seu triunfo na luta<br>
 
A flecha havia acabado de ser lançada, uma flecha brilhante<br>
O Sol, provido dos membros e da fronte dos humanos
Como a vingança de um imortal; em seu olhar<br>
 
E na narinas, um belo desdém, e poder<br>
Todo radiante por seu triunfo na luta
E a majestade faz reluzir completamente todo seus relâmpagos<br>
 
A flecha havia acabado de ser lançada, uma flecha brilhante
 
Como a vingança de um imortal; em seu olhar
 
E na narinas, um belo desdém, e poder
 
E a majestade faz reluzir completamente todo seus relâmpagos
 
Explodindo a divindade com um único olhar.
</center>
 
=== [[:w:Apolo e Dafne|Apolo e Dafne]] ===
[[Ficheiro:Daphne From Deverial painting.jpg|thumb|300px|right|<center>'''Dafne"</center>]]
Linha 43 ⟶ 35:
Que Apolo fosse o deus tanto da música como da poesia não parece singular, mas que a medicina também fosse atribuída à sua região, sim. O poeta [[:w:John Armstrong|Armstrong]], sendo também médico, faz a seguinte menção:
 
<center>
"A música exalta toda a alegria e alivia todo pesar
"A música exalta toda a alegria e alivia todo pesar<br>
 
Expulsa a doença, e ameniza toda dor<br>
É por isso que os antigos sábios a apreciavam<br>
 
É por isso que os antigos sábios a apreciavam
 
O poder da medicina, da melodia e da canção."
</center>
 
A história de Apolo e de Dafne é frequentemente mencionada pelos poetas. Waller<ref>[https://en.wikipedia.org/wiki/Edmund_Waller Wikipedia:Edmund Waller]</ref> a utiliza no caso daquele cujos versos de amor, que embora não amoleçam o coração de suas amadas, conquistam para o poeta fama e renome:
<center>
 
No entanto, a sua canção de esforço imortal<ref>[http://www.poetryfoundation.org/poem/174710 The Story of Phœbus and Daphne] - poema em inglês na íntegra.</ref>
Embora não tenha sido um sucesso, não foi cantada em vão<br>
 
Todos com exceção da ninfa deveriam corrigir o engano<br>
Embora não tenha sido um sucesso, não foi cantada em vão
Que atenda à paixão e e encha de aplausos a melodia<br>
 
Assimo como [[:w:Febo|Febo]], que conquista o louvor indiretamente<br>
Todos com exceção da ninfa deveriam corrigir o engano
 
Que atenda à paixão e e encha de aplausos a melodia
 
Assimo como [[:w:Febo|Febo]], que conquista o louvor indiretamente
 
Agarrou o amor e encheu seus braços de glória.
</center><br>
A estrofe a seguir de "Adonais"<ref>[http://shelleysghost.bodleian.ox.ac.uk/adonais Adonais] - Frontispício da obra.</ref>, da autoria de [[:w:Percy Bysshe Shelley|Shelley]] faz menção dos primeiros questionamentos de Byron com os revisores:
 
<center>
Os lobos em bando, com coragem para a perseguição
Os lobos em bando, com coragem para a perseguição<br>
 
Os ousados urubus, clamorosos sobre os que se foram<br>
Os abutres, que são a verdadeira bandeira do conquistador<br>
 
Que se alimentam, do que primeiro alimentou a Desolação<br>
Os abutres, que são a verdadeira bandeira do conquistador
E cujas chuvas de asas contagiam: quando fugiram<br>
 
No momento em que Apolo, com sua flecha de ouro<br>
Que se alimentam, do que primeiro alimentou a Desolação
A Pítia da era que alguém consagrou<br>
 
E sorriu! Os travessos não intentam uma segunda investida<br>
E cujas chuvas de asas contagiam: quando fugiram
 
No momento em que Apolo, com sua flecha de ouro
 
A Pítia da era que alguém consagrou
 
E sorriu! Os travessos não intentam uma segunda investida
 
Festejam com os pés da soberba que os rejeita na retirada."
</center><br>
=== [[:w:Píramo e Tisbe|Píramo e Tisbe]] ===
Linha 98 ⟶ 79:
[[:w:Thomas Moore|Thomas Moore]], em seu "Baile das [[:w:Silfo|Sílfides]]" ao falar da [[:w:Lanterna Davy|lanterna de segurança]] de [[:w:Humphry Davy|Davy]], nos recorda a parede que separava Tisbe do seu amado:
 
<center>
"Oh, para aquela gaze metálica da lanterna
"Oh, para aquela gaze metálica da lanterna<br>
 
Aquela cortina protetora de metal<br>
Que Davy delicadamente submete<br>
 
Ao fogo ilícito e perigoso!<br>
Que Davy delicadamente submete
A parede que fica entre a Chama e o Ar,<br>
 
(Tal como aquela que impedia a felicidade de Tisbe)<br>
Ao fogo ilícito e perigoso!
E através de cujos orifícios, este desafortunado casal<br>
 
Permite que se vejam, mas os impede de se tocarem."
A parede que fica entre a Chama e o Ar,
</center>
 
(Tal como aquela que impedia a felicidade de Tisbe)
 
E através de cujos orifícios, este desafortunado casal
 
Permite que se vejam, mas que os impede de se tocarem."
 
Na tradução que Mickle<ref>[https://en.wikipedia.org/wiki/William_Julius_Mickle Wikipedia:William Julius Mickle]</ref> fez dos "Lusíadas" ocorre a seguinte alusão à história de Píramo e Tisbe, e a metamorfose das amoreiras. O poeta faz a descrição da [[:w:Os Lusíadas#A Ilha dos Amores|Ilha dos Amores]]:
 
<center>
"Os dons que dá Pomona, ali natura
"Os dons que dá Pomona, ali natura<br>
 
Produz diferentes nos sabores,<br>
Sem ter necessidade de cultura,<br>
 
Que sem ela se dão muito melhores;<br>
Sem ter necessidade de cultura,
As cerejas purpúreas na pintura;<br>
 
As amoras, que o nome têm de amores;<br>
Que sem ela se dão muito melhores;
 
As cerejas purpúreas na pintura;
 
As amoras, que o nome têm de amores;
 
O pomo, que da pátria Pérsia veio,
 
Melhor tornado no terreno alheio."<ref>[http://www.lunaeamigos.com.br/mitologia/19_piramo.htm Texto original de Camões]</ref>
</center>
Se algum de nossos jovens leitores for impiedoso o bastante a ponto de se divertir às gargalhadas à custa dos nossos desventurados Píramo e Tisbe, talvez encontre essa oportunidade consultando a peça de Shakespeare intitulada "Sonho de uma noite de verão," onde o relato assume proporções divertidas e burlescas.
Linha 147 ⟶ 118:
Moore, em suas "Baladas Legendárias," faz alusão a Céfalo e a Prócris, dizendo o seguinte:
 
<center>
"Certa vez, um caçador inclinou-se na mata
"Certa vez, um caçador inclinou-se na mata<br>
 
Para evitar oos olhoolhos cintilantecintilantes do meio-dia<br>
E de hábito cortejava o vento errante<br>
 
Para acalmar a fronte com seu suspiro<br>
E de hábito cortejava o vento errante
E em silêncio, nem o zumbido da abelha selvagem<br>
 
Nem um sopro podia mover o pelo do álamo<br>
Para acalmar a fronte com seu suspiro
Cantava sua silenciosa canção: Vem, deliciosa Brisa<br>
 
E em silêncio, nem o zumbido da abelha selvagem
 
Nem um sopro podia mover o pelo do álamo
 
Cantava sua silenciosa canção: Vem, deliciosa Brisa
 
Ao que Eco respondia: Vem, deliciosa Brisa."
</center>
 
== Notas e Referências do Tradutor ==