[[Categoria:Romantismo brasileiro]]
==[[Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v1.djvu/296]]== ▼
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A lagartixa ao sol ardente vive
E fazendo verão o corpo espicha:
O clarão de teus olhos me dá vida,
Tu és o sol e eu sou a lagartixa.
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Amo-te como o vinho e como o sono,
Tu és meu copo e amoroso leito...
Mas teu néctar de amor jamais se esgota,
Travesseiro não há como teu peito.
Posso agora viver: para coroas
Não preciso no prado colher flores,
Engrinaldo melhor a minha fronte
Nas rosas mais gentis de teus amores.
Vale todo um harém a minha bela,
Em fazer-me ditoso ela capricha...
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==[[Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v1.djvu/297]]==
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Vivo ao sol de seus olhos namorados,
Como ao sol de verão a lagartixa.
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