Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Bot: Mudança automática (-=Poemas Malditos +=Poemas Malditos) |
Sem resumo de edição |
||
Linha 1:
{{navegar
|autor=Álvares de Azevedo
|obra=Vagabundo
|seção=[[Lira dos Vinte Anos]] — [["Spleen" e charutos]]
|notas=
}}
<poem>
BYRON, DON JUAN.}}
▲Eat, drink and love; what can the rest avail us!
▲Eu durmo e vivo no sol como um cigano,
▲Fumando meu cigarro vaporoso,
▲Nas noites de verão namoro estrela;
▲Sou pobre, sou mendigo, e sou ditoso!
▲Ando roto, sem bolsos nem dinheiro;
▲Mas tenho na viola uma riqueza:
▲Canto à lua de noite serenatas,
E quem vive de amor não tem pobreza.
Não invejo ninguém, nem ouço a raiva
Nas cavernas do peito, sufocante,
Quando, à noite, na treva em mim se entornam
Os reflexos do baile fascinante.
Namoro e sou feliz nos meus amores
Sou garboso e rapaz... Uma criada
Abrasada de amor por um soneto,
Já um beijo me deu subindo a escada...
Oito dias lá vão que ando
Na donzela que ali defronte mora.
Ela ao ver
Desconfio que a moça me namora
Tenho por meu palácio as longas ruas
Passeio a gosto e durmo sem temores
Quando bebo, sou rei como um poeta,
E o vinho faz sonhar com os amores.
O degrau das igrejas é meu trono,
Minha pátria é o vento que respiro,
Minha mãe é a lua macilenta
E a preguiça a mulher por quem suspiro.
Escrevo na parede as minhas rimas,
De painéis a carvão adorno a rua
Como as aves do céu e as flores puras
Abro meu peito ao sol e durmo à lua.
Sinto
Sou filho do calor, odeio o frio
Não creio no diabo nem nos santos.
Rezo
Ora, se por aí alguma bela
Bem
Quiser a nívea mão unir à minha
Há de achar
</poem>
[[Categoria:
|