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{{navegar
|autor=Álvares de Azevedo
|obra=Luar de verão
|seção=[[Lira dos Vinte Anos]] — [["Spleen" e charutos]]
|notas=
}}
<poem>
▲O que vês, trovador?—Eu vejo a lua
▲Que sem lavor a face ali passeia;
▲No azul do firmamento inda é mais pálida
Que em cinzas do fogão uma candeia.
O que vês, trovador?
Além se entorna a luz sobre um rochedo
Tão liso como um pau de cabeleira.
Nas praias lisas a maré enchente
S'espraia cintilante d'ardentia
Em vez de aromas as
Respiram efluviosa maresia!
O que vês, trovador?
Ao sopro dos favônios feiticeiros
Eu
As nuvens a dormir, como carneiros.
E vejo além, na sombra do horizonte,
Como viúva moça envolta em luto,
Brilhando em nuvem negra estrela viva
Como na treva a ponta de um charuto.
Teu romantismo bebo, ó minha lua,
A teus raios divinos me abandono,
Torno
Eu sinto os lábios meus se abrir de sono.
</poem>
[[Categoria:
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