O Fim do Mundo/Introducção: diferenças entre revisões

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<center>INTRODUCÇÃO.</center>
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''O Fim do Mundo em'' 1856 não é certamente um romance : faltão-lhe todas as condições para merecer esse titulo : foi um simples artigo de occasião que appareceu publicado no folhetim do ''Jornal do Commercio'' de 13 de Junho de 1856, que então por ventura chegou a agradar, e agora não terá merecimento algum ; contemplo-o porém n'esta collecção, nem mesmo saberei dizer porque... talvez para avolumar com algumas paginas mais o meu pequeno livro.
 
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Como se hão de lembrar muitos ainda, estava annunciado
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um ''cometa'', para o anno de 1856, e não poucos terroristas, improvisando-se
prophetas, determinavão o dia 13 de Junho de 1856, como o prazo fatal de um horroso cataclisma, cujo resultado seria nada menos que o ''fim do mundo''.
 
O famoso conego de Liége celebrisou-se por esse agouro sinistro.
 
Muita gente acreditou nos agoureiros, e no Brazil não faltárão credulos, que virão com indizivel terror aproximar-se o dia 13 de Junho.
 
Foi esse o motivo do artigo que então escrevi, e que agora reproduzo n'esta pobre collecção.
 
Fiz representar como protogonista, ou como narrador, n'esse artigo o senhor Martinho Corrêa Vasques, que é um actor muito conhecido e
estimado no Rio de Janeiro. Foi uma liberdade que tomei, e de que elle me fez o favor de não se offender.
 
Hoje, relendo essas breves e risonhas paginas que em 1856 escrevi, sinto verdadeira tristeza, porque n'ellas encontro de mistura com
innocentes gracejos os nomes de pessoas, algumas das quaes a morte já arrancou do mundo, e
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entre elles o do meu amigo o commendador Manoel Moreira de Castro, de quem sempre recebi provas de estima e confiança extrema.
 
O que então nos fez rir, fez-me entristecer agora.
 
Não importa : ahi vai.