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Linha 28:
A corte mais augusta, que se avista,
Enche-lhe o coração e assombra a vista.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/202]]==
<poem>
;III
Paraguassu, porém, que jamais vira
Linha 62:
Que era o rei do Brasil e ela a rainha.
;VI▼
E já avistavam do palácio augusto▼
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/203]]==
<poem>
▲;VI
▲E já avistavam do palácio augusto
Em bela perspectiva o régio espaço,
E o átrio vendo de troféus onusto,
Linha 94:
Por que, roubando Henrique a dura morte,
Sustente França Catarina a forte.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/204]]==
<poem>
;IX
Ao trono cristianíssimo prostrado,
Linha 128:
E lhe cinja o Brasil mais nobre louro.
;XII▼
E tu, que ao luso reino um▼
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/205]]==
<poem>
▲;XII
▲E tu, que ao luso reino um germe augusto
No grão-Burgundo a propagar mandaste,
Contempla, ó França heróica, o império justo
Linha 161 ⟶ 160:
E, impondo-lhe silêncio alto respeito,
Respondem com os olhos e co peito.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/206]]==
<poem>
;XV
Mongoméry, que serve na assembléia
Linha 194 ⟶ 193:
Entrou Paraguassu com feliz sorte
No banho santo, rodeando-a a corte.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/207]]==
<poem>
;XVIII
À roda o real clero e grão-Jerarca
Linha 227 ⟶ 226:
De dar rainha e rei, de ouvir curiosos,
Uma audiência privada aos dois esposos.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/208]]==
<poem>
;XXI
"Depois (disse o monarca) que informado
Linha 260 ⟶ 259:
A serra de Aimorés, que ao pólo é raia,
As de Ibo-ti-catu e Itatiaia.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/209]]==
<poem>
;XXIV
Nos vastos rios e altas alagoas
Linha 293 ⟶ 292:
Que acaso a antiguidade imaginava,
Quando o néctar e ambrósia celebrava.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/210]]==
<poem>
;XXVII
Outra planta de muitos desejada,
Linha 326 ⟶ 325:
No Pará, Cuiabá, por modo feito,
Que iguala na bondade o mais perfeito.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/211]]==
<poem>
;XXX
Ervilha, feijão, favas, milho e trigo,
Linha 360 ⟶ 359:
Que quem cauta não foi nunca é pudica.
;XXXIII▼
De ervas medicinais▼
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/212]]==
<poem>
▲;XXXIII
▲De ervas medicinais cópia tão rara
Tem no mato o Brasil e na campina,
Que quem toda a virtude lhe explorara
Linha 393 ⟶ 391:
Maravilha que a Clície competira,
Vendo que muda a cor, quando o sol gira.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/213]]==
<poem>
;XXXVI
Outra engraçada flor, que em ramos pende
Linha 426 ⟶ 424:
A pintar sobre a flor aos nossos olhos
A cruz de Cristo, as chagas e os abrolhos.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/214]]==
<poem>
;XXXIX
É na forma redonda, qual diadema,
Linha 459 ⟶ 457:
E, sendo por miúdos mal distintos,
Entretecem purpúreos labirintos.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/215]]==
<poem>
;XLII
As açucenas são talvez fragrantes,
Linha 493 ⟶ 491:
Que fora o figo da cruel serpente.
;XLV▼
Distingue-se entre▼
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/216]]==
<poem>
▲;XLV
▲Distingue-se entre as mais na forma e gosto
Pendente de alto ramo o coco duro,
Que em grande casca no exterior composto,
Linha 526 ⟶ 523:
Nasce em bainhas, como paus de lacre,
De um suco oleoso, grato o cheiro e acre.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/217]]==
<poem>
;XLVIII
Ótimo anil de planta pequenina
Linha 559 ⟶ 556:
Lavram remédios mil e obras lustrosas,
Contas de cheiro e caixas preciosas.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/218]]==
<poem>
;LI
A copaíba em curas aplaudida,
Linha 593 ⟶ 590:
Pode encher toda a Europa de navios.
;LIV▼
Nutre a vasta região▼
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/219]]==
<poem>
▲;LIV
▲Nutre a vasta região raros viventes
Em número sem conta e em natureza
Dos nossos animais tão diferentes,
Linha 626 ⟶ 622:
Com veneno, a quem fere tão presente,
Que logo em convulsão morrer se sente.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/220]]==
<poem>
;LVII
Entre outros bichos de que o bosque abunda,
Linha 659 ⟶ 655:
Veados, capivaras e coatias,
Pacas, teus, periás, tatus, cotias.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/221]]==
<poem>
;LX
O mono, que a espessura habita astuto,
Linha 692 ⟶ 688:
Verás, correndo as águas na canoa,
A turba aquátil que, nadando, voa.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/222]]==
<poem>
;LXIII
Negou às aves do ar a natureza,
Linha 725 ⟶ 721:
Imitam requebrando com sons vários,
Os colibris e harmônicos canários.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/223]]==
<poem>
;LXVI
Das espécies marítimas de preço
Linha 758 ⟶ 754:
A multidão vulgar do charéu vasto,
Que às pobres gentes subministra o pasto.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/224]]==
<poem>
;LXIX
De junho a outubro para o mar se alarga,
Linha 791 ⟶ 787:
O peixe ou talvez carne, e do elemento
A fez imunda, que lhe dá sustento.
</poem>
==[[Página:Caramuru 1781.djvu/225]]==
<poem>
;LXXII
Duas asas nos ombros tem por braços,
Linha 825 ⟶ 821:
A humana vista em labirinto verde."
</poem>
[[Categoria:Caramuru]]
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