Plenilúnio (Augusto dos Anjos): diferenças entre revisões

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Desmaia o plenilúnio. A gaze pálida
 
Que lhe serve de alvíssimo sudário
 
Respira essências raras, toda a cálida
 
Mística essência desse alampadário.
 
 
 
E a lua é como um pálido sacrário,
 
Onde as almas das virgens em crisálida
 
De seios alvos e de fronte pálida,
 
Derramam a urna dum perfume vario.
 
 
 
Voga a lua na etérea imensidade!
 
Ela, eterna noctàmbula do Amor,
 
Eu, noctâmbulo da Dor e da Saudade.
 
 
 
Ah! Como a branca e merencória lua,
 
Também envolta num sudário - a Dor,
 
Minh'alma triste pelos céus flutua!
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[[Categoria:Poesia brasileira]]