Pensar é preciso/I/O pensamento reflexivo: Sócrates, Platão, Aristóteles, Epicuro, Estoicismo e Cinismo: diferenças entre revisões

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Linha 58:
A contradição da existência do mal, junto com a crença na bondade divina, inquietou não apenas Epicuro, mas também muitos sábios posteriores que procuraram encontrar uma explicação racional. Santo Agostinho tentou resolver o dilema pela teoria do livre arbítrio: Deus deu ao homem a liberdade de fazer o mal e, portanto, ele pagaria o preço pela maldade cometida. Mas, e quando não há culpa pessoal? Como acreditar num Deus Onipotente e Misericordioso face à dor das vítimas inocentes de um terremoto ou de um desastre aéreo? Que dizer, então, da mortalidade infantil, de genocídios, de ódios étnicos, de bolsões de miséria extrema?
 
Em verdade, o mal, em qualquer uma de suas formas, constitui um mistério racionalmente inexplicável para quem acredita na existência de um Ser Transcendental que, por ser Deus, deve necessariamente ser “Perfeito”, possuindo todas as virtudes, no máximo grau, na virtualidade e na ação. O epicurista prefere não se inquietar com problemas religiosos insolúveis à luz da razão, comcomo a morte e a hipótese da existência de outra vida, vivendo apenas o momento presente, da forma mais natural e prazerosa possível, atento apenas em respeitar a liberdade e os direitos do seu semelhante. Se alguém me perguntasse qual é meu credo, não teria dúvida em responder: não sou judeu, ateu, cristão ou islamita: considero-me apenas um epicurista!
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