A Ortografia de Nossa Língua (pela simplificação ortográfica): diferenças entre revisões

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Linha 336:
 
<p align="left">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; (NOTA - Em estudo para o ''The National Geoographic Magazine'',<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; (traduzido pelo sr. Teófilo Ribeiro, ''Minas Gerais'' de<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; agosto de 1933), diz o arqueólogo Cláudio Schaeffer:<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; "A tradição tem atribuído aos fenícios o alfabeto. Hoje,<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; porém, os hieróglifos cretenses, recentemente descobertos,<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; as inscrições do Sinai e outras fontes, levam muitos<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; historiadores modernos a abandonarem a crença de que foram<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; os fenícios os que nos legaram o alfabeto.<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Era esta a situação quando, em maio de 1929, fazendo<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; escavações na destruída cidade de Ras Shamra, ao norte da<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Síria, desenterrei algumas chapas ou placas de argila,<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; escritas numa nova espécie de alfabeto cuneiforme, nunca<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; antes encontrado. Esta informação, remetida à Academia de<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Paris, despertou o mundo científico.<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; ...Estas chapas ou placas datam de 14º ou 15º século antes<br>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; de Cristo." [''Espasa'']}.</p>
 
<p align="left">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Seja como for, a nossa tradição alfabética se inicia com os gregos. E teria sido Cadmo quem introduziu o alfabeto na Grécia. Assim o querem Heródoto e as tradições. Cadmo, um fenício que se estabelecera na Beócia.</p>
 
<p align="left">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Apenas, os gregos tiveram de inventar as letras vogais, ainda não existentes.</p>
 
<p align="left">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Os fenícios, como os semitas, escreviam da direita para a esquerda. Os gregos escreveram alternando: da direita para a esquerda, e da esquerda para a direita - sistema chamado bustro fédon, (de ''boustrophedón'': voltando sôbre os passos, como o boi, no arado). Mais tarde, adotaram a direção única que hoje temos.</p>
 
<p align="left">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Parece que Homero ''não escreveu'' a Ilíada e a Odisséia. Seus versos imortais, ele teria deixado à tradição oral, que os trouxe, de viva voz, na boca dos aédos e rapsodos, até que os filhos de Pisístrato os reduzissem à primeira compilação escrita.</p>
 
<p align="left">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Os latinos apropriaram-se do alfabeto grego. E os povos da Europa ocidental adotaram o latino. O alfabeto gótico - estilização de caracteres gregos - data do bispo ariano Úlfilas, que editou uma tradução gótica da Bíblia, no século 4°.</p>
 
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