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Linha 1:
<poem>
:::: Argumento
''O Marmar Jónio Ulisses dividia,
''E, rendido ao furor do bravo vento,
''Amparo e porto a Júpiter pedia,
''Que os deuses convocou do etéreo assento:
''De Atlante o neto as naus ao porto guia,
''Onde, achando suave acolhimento,
''Circe, de ver Ulisses obrigada,
''Porto e descanso dava à grega armada.''
Linha 58:
O mundo, quando entrais no campo armado,
De que o grito imortal da fama corre,
D' ondeDonde o sol nasce, às ondas, onde morre:
 
::::6
Linha 329:
Em grande opróbrio seu por esta via
Na memória dos homens ficaria.
 
::::33
"Havendo mais que os gregos ofendido
Têm aos deuses do Olimpo iniquamente,
Que eu entre as armas gregas fui ferido:
A quem tão grande mal não foi presente?
Pois como a um fraudulento, a um atrevido
Queres dar nome e fama preeminente,
Para que esqueça em sua nova glória
Das imortais deidades a memória?"
 
::::34
Aqui cessou Mavorte, e da viseira
O fumo da corage ardendo exala,
Quando deixando Palas a cadeira,
O meio ocupa da divina sala;
Botando o escudo atrás, forte e guerreira:
"Marte", dizia, "se arrojado fala,
Ocasiões dará donde se veja
Que não é zelo o seu, mas pura inveja.
 
::::35
"Se aqui fora lugar, força bastante
Tenho e valor", diz Palas, enojada,
Indo embraçando o escudo rutilante
Com vista um pouco acesa e cor mudada;
Na divina cadeira o grão Tonante
Bateu, dizendo: "Basta!", e da pancada
Tremeu o céu e os orbes estrelados
Nos mesmos eixos onde estão cravados.
 
::::36
"Assim c' o imóbil Fado o determino!",
Diz Júpiter com voz grave e severa;
Em pé junto do assento cristalino
Cada um sinal para partir-se espera:
Ajoelhando a Júpiter divino
Todos se tornam à sua própria esfera,
E Jove neste tempo do alto via
A armada que entre as ondas perecia.
</poem>