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Linha 369:
E Jove neste tempo do alto via
A armada que entre as ondas perecia.
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Manda Mercúrio logo; ele os talares
Divinos e galero alado toma,
Qual leve seta vem partindo os ares,
E de Éolo e Neptuno as forças doma:
Compõe do undoso pego os grossos mares,
E, quando no horizonte o sol assoma,
Ao porto a armada chega, aonde aferra
A tenaz unha a desejada terra.
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Carrega os ombros d' um gracioso outeiro,
De bosques povoado, em largo assento
Um soberbo castelo, alto e guerreiro,
Que da formosa Circe era aposento:
Onde com sua luz fere primeiro
Febo em seu abrasado nascimento,
Que sobre as densas nuvens eminente
As chuvas e os trovões abaixo sente.
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No largo porto entrado a armada tinha,
Onde Ulisses ordena que Creonte
Os trabalhos e afrontas, com que vinha
Sulcando o largo mar, a Circe conte:
Acompanhado sobe qual convinha,
E o alto pisa do soberbo monte,
Dos paços admirava a arquitetura,
E mais de Circe a rara formosura.
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Ela, depois de o ouvir, e ter presente
Os sucessos de Ulisses destroçado,
Seus caracteres faz, com que se sente
C' os seus Creonte noutro ser mudado:
Qual de usso a pele imunda, ou de serpente,
Qual brancas penas veste e o ar delgado
Vai abrindo, e suspenso o peso teve
Sobre as asas iguais do corpo leve.
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