Contos de Grimm/Introdução: diferenças entre revisões

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O segundo volume foi terminado mais rapidamente: ficou pronto em 1814. A sorte os favoreceu, amigos os ajudaram, mas a melhor amiga deles era a esposa de um vaqueiro que vivia na aldeia de Niederzwehrn, perto de Cassel, uma mulher por volta do cinquenta anos, inteligente e agradável, porém, com fisionomia bastante firme, grande, olhos brilhantes e penetrantes, e com um dom incrível para contar histórias.
 
“A memória dela”, nos relata os Irmãos Grimm, “guardava uma lembrança espetacular de todas as sagas. Ela mesma reconhecia que este dom não era atribuível a todas as pessoas, e que haviamhavia muitas que não se lembravam de tudo de modo correto. Ela contava histórias completas, com precisão, e com uma maravilhosa vivacidade, e evidentemente tinha a maior alegria em contá-las. Primeiro, ela contava as histórias do começo ao fim, e depois, se necessário, as repetia mais devagar, de modo que depois de alguma prática era fácil colocar no papel tudo o que ela havia ditado.
 
É assim que os Irmãos Grimm colocaram todas elas no livro; tudo o que ela dizia era anotado por eles, palavra por palavra, e por isso a fidelidade é inequívoca. Eles foram testemunhas oculares do fervor ardente e dos detalhes que ela relatou. “Todos aqueles que guardavam essa tradição eram tão facilmente equivocados e tinham pouco cuidado com a preservação, que era impossível que isso durasse um tempo muito longo, deviam ter visto a intimidade com que ela conservou as histórias, e como ela foi cuidadosa com relação à precisão dos fatos. Quando solicitada para repetir uma parte, jamais a alterava, e se cometia algum equívoco, corrigia imediatamente.”