Em Tradução:Cândido/Capítulo 7: diferenças entre revisões

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{{navegar|obra=[[Cândido, ou o Otimismo]]|autor=Voltaire|anterior=[[Cândido, ou o Otimismo/CAPÍTULO SEXTO|CAPÍTULO SEXTO]]|posterior=[[Cândido, ou o Otimismo/CAPÍTULO OITAVO|CAPÍTULO OITAVO]]}}
 
{{c|CAPÍTULO SÉTIMO.}}
==Como a velha cuidou de Cândido e como ele reencontrou a quem amava==
 
=={{c|''Como auma velha cuidoutomou conta de Cândido e& como ele reencontrou ao quemque ele amava==.''}}
Coragem Cândido não tinha, mas mesmo assim seguiu a velha até uma cabana: ela lhe deu um pote de pomada, deixou-o para comer e beber, deu-lhe uma pequena cama limpa o suficiente e uma muda de roupas. Cândido comeu, bebeu, dormiu e a velha disse: "Que a Nossa Senhora de Atocha<ref>''Nossa Senhora de Atocha'' é a pintura de uma "madona negra" que se encontra na paróquia de Atocha, na Espanha. Voltaire escreveu uma anedota que conta o seguinte: "Esta Nossa Senhora é de madeira, todo ano ela chora no dia de sua festa, assim as pessoas choram também. Um dia o pregador, ao ver o carpinteiro com os olhos secos, perguntou-lhe como não se derramava em lágrimas enquanto a Virgem Santíssima chorava, 'Ah meu reverendo', respondeu ele, 'Eu é quem ajustei ela no nicho ontem. Atravessei-lhe com três pregos de trás para a frente, então por isso ela chora'."</ref>, o bispo de Santo Antônio de Pádua e Monsenhor Saint Jacques de Compostela cuidem de ti! Estarei de volta amanhã." Cândido, espantado com o que viu e tudo o que sofreu mas ainda mais com a caridade da velha, tentou beijar-lhe a mão. "Esta não é a mão que deves beijar", disse a velha, "Voltarei amanhã, esfregues a pomada, coma e durma".
 
Coragem Cândido{{justificado|{{capitular|C}}Ândido não tinha, mas mesmo assim seguiu a velha até uma cabana: ela lhe deu um pote de pomada, deixou-o para comer e beber, deu-lhe uma pequena cama limpa o suficiente e uma muda de roupas. Cândido comeu, bebeu, dormiu e a velha disse: "Que a Nossa Senhora de Atocha<ref>''Nossa Senhora de Atocha'' é a pintura de uma "madona negra" que se encontra na paróquia de Atocha, na Espanha. Voltaire escreveu uma anedota que conta o seguinte: "Esta Nossa Senhora é de madeira, todo ano ela chora no dia de sua festa, assim as pessoas choram também. Um dia o pregador, ao ver o carpinteiro com os olhos secos, perguntou-lhe como não se derramava em lágrimas enquanto a Virgem Santíssima chorava, 'Ah meu reverendo', respondeu ele, 'Eu é quem ajustei ela no nicho ontem. Atravessei-lhe com três pregos de trás para a frente, então por isso ela chora'."</ref>, o bispo de Santo Antônio de Pádua e Monsenhor Saint Jacques de Compostela cuidem de ti! Estarei de volta amanhã." Cândido, espantado com o que viu e tudo o que sofreu mas ainda mais com a caridade da velha, tentou beijar-lhe a mão. "Esta não é a mão que deves beijar", disse a velha, "Voltarei amanhã, esfregues a pomada, coma e durma".
 
Cândido, apesar de tantos desastres, comeu e dormiu. No dia seguinte, a velha trouxe-lhe o dejejum, esfregou-se a pomada em suas costas, trouxe então o almoço, voltou à noite e trouxe-lhe o jantar. No dia seguinte, a mesma cerimônia.
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"Eu lhe contarei tudo isso", respondeu a senhorita, "mas antes disso, tens de me contar tudo o que lhe aconteceu desde o beijo inocente que me destes e os chutes que recebestes."
 
Cândido respeitosamente obedeceu, embora ainda estivesse surpreso, embora sua voz estivesse fraca e trêmula, embora ainda suas costas lhe doíam, ele contou-lhe da forma mais ingênua tudo o que lhe tinha acontecido desde o momento de sua separação. Cunegundes levantou os olhos ao céu, derramou lágrimas ao saber da morte do bom anabatista e de Pangloss, após isso, contou o seguinte a Cândido, que não perdia uma palavra e a devorava com os olhos.}}
<references/>
[[Categoria:Cândido]]