A Grande Guerra: diferenças entre revisões

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{{c|{{larger|'''Porque Está Envolvida a Honra Nacional.'''}}}}
 
Não há um único homem nesta sala que tenha encarado a possibilidade de travar uma grande guerra com maior relutância e repugnância que eu próprio em toda a minha carreira política. (''Ouçam, ouçam.'') Não há um único homem, dentro ou fora desta sala, mais convencido do que eu de que não a conseguiríamos evitar sem pôr em causa a honra nacional. (''Grande aplauso.'') Estou bem ciente do facto que toda a nação que alguma vez praticou uma guerra invocou o sagrado nome da honra. Muitos são os crimes cometidos em seu nome: alguns estão a ser cometidos neste momento. Seja como for, a honra nacional é uma realidade e qualquer nação que a ignore está condenada. (''Ouçam, ouçam.'') Mas porque está a honra da nossa nação envolvida nesta guerra? Porque, em primeiro lugar, estamos comprometidos por honrosas obrigações a defender a independência, liberdade e integridade de uma pequena nação vizinha que sempre viveu em paz. (''Aplauso.'') Esta não nos poderia coagir a fazê-lo: era demasiado fraca;<ref>A Bélgica é tratada diretamente como «ela» no discurso original. Os termos para a tradução foram escolhidos de forma a manter a dicotomia de género que o autor pode ter tentado sugerir.</ref> mas o homem que se recusa a cumprir o seu dever porque o credor é demasiado pobre para o obrigar a fazê-lo não passa de um vilão.<ref>Literalmente, ''[[wikt:en:blackguard#English|blackguard]]'': nome aplicado no século XVI aos serviçais domésticos encarregues dos utensílios da cozinha, adquiriu mais tarde o carácter ofensivo de ''canalha'' ou ''vilão'', aplicado a sujeitos desonestos.</ref>. (''Forte aplauso.'') Entramos num tratado — um tratado solene — dois tratados — defender a Bélgica e a sua integridade. As nossas assinaturas estão afixadas aos documentos. As nossas assinaturas não se encontraram isoladas: este país não foi o único a comprometer-se defender a integridade da Bélgica. Rússia, França, Áustria, Prússia — todos estão lá. Porque é que não estão a Áustria e a Prússia a cumprir as obrigações do seu contrato? É-nos sugerido, quando nos referimos a este tratado, que este é apenas uma desculpa da nossa parte — é a nossa reles astúcia e ardil<ref>Literalmente, ''low [[wikt:en:craft#English|craft]] and [[wikt:en:cunning#English|cunning]]'': usadousados aqui com o sentido de subterfúgio.</ref> para esconder a nossa inveja de uma civilização superior — (''Risos'') — que nós estamos a tentar destruir. A nossa resposta é a ação que tomamos em 1870. (''Ouçam, ouçam.'') Qual foi ela? O Sr. [[w:William Ewart Gladstone|Gladstone]]<ref>Literalmente ''[[wikt:en:Mr.#English|Mr.]]'', diminutivo de ''mister''.</ref> era então Primeiro-Ministro. (''Aplauso.'') [[w:en:Granville Leveson-Gower, 2nd Earl Granville|Lorde Granville]], penso eu, era então Secretário dos Assuntos Estrangeiros. Nunca lhes ouvi imputada a acusação de serem jingos.<ref>A palavra provém precisamente do inglês, designando os patriotas ingleses com posições belígeras face à Rússia nos anos de 1870 (cf. [[w:pt:Jingoísmo|Jingoísmo]]).</ref>
 
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{{c|{{larger|'''França e Bélgica em 1870.'''}}}}
 
Que fizeram eles em 1870? Estávamos então comprometidos pelo tratado. Intimámos as potências beligerantes a respeitá-lo. Intimámos a França e intimámos a Alemanha. Naquela época, tenham em atenção, o maior perigo para Bélgica provinha da França, não da Alemanha. Interviemos para proteger a Bélgica da França, tal como estamos agora a fazer para a proteger da Alemanha. (''Aplauso.'') Procedemos exatamente da mesma forma. Convidamos ambas as potências beligerantes a declarar que não tinham intenção de violar o território belga. Qual foi a resposta dada por [[w:Otto von Bismarck|Bismarck]]? Disse que era supérfluo fazer à Prússia tal questão em virtude dos tratados vigentes. A França deu uma resposta semelhante.
 
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