Pensar é preciso/VIII/Depois de Darwin: teoria do Big Bang: diferenças entre revisões
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Os cientistas compreendem que a evolução significa formação inicial de organismos desconhecidos a partir de produtos químicos desconhecidos numa atmosfera de composição desconhecida, sob condições desconhecidas, cujos organismos subiram então uma escada evolucionista desconhecida, mediante um processo desconhecido, deixando uma evidência desconhecida. |
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É inconcebível que ainda hoje, não obstante o enorme progresso intelectual e científico da humanidade, há gente que acredite em relatos fantásticos, sem nenhuma consistência histórica ou lógica mental! Mesmo pessoas inteligentes e cultas fecham os olhos à verdade factual, achando preferível (pois mais cômodo ou confortável!) acreditar em Moisés, um mítico pastor de três milênios atrás, do que num cientista genial, como Darwin. Este, como vimos, demonstrou cientificamente que o processo evolutivo do mundo prescinde de um projetista transcendental e que o homem não foi criado de súbito e num preciso momento, mas, simplesmente, é um parente de chimpanzé, bem mais evoluído (às vezes, nem tanto!).
Conforme as descobertas arqueológicas e genéticas
Os primeiros hominídeos (mamíferos arquétipos do homem) nasceram na África há cinco milhões de anos, aproximadamente. Foi longa a caminhada que marcou a passagem do primata, quando ainda andava de quatro
Como se pode deduzir, levou muito tempo para que o protótipo humano começasse a levantar as patas dianteiras e a cabeça para olhar mais alto, descobrindo novos e mais amplos horizontes
Recentes pesquisas genéticas demonstram que a humanidade se originou de grupos tribais, da primitiva etnia san, que seriam os longínquos ancestrais de Barack Obama
Esta Grande Viagem fez a diferença entre o homem e o animal: enquanto a besta se contenta em seguir apenas o instinto gregário, vivendo em grupos no mesmo lugar, o homem é movido pelo espírito da curiosidade, a vontade de conhecer o que está além da sua vista
No continente europeu, por mudanças biológicas, ambientais e culturais
Na sua generalidade, a civilização humana teria uma história de 6.000 anos, aproximadamente. Mas a época pré-histórica da humanidade apresenta sinais de trabalhos artísticos, encontrados numa caverna da África do Sul, que remontam a 70 mil anos, aproximadamente. A primeira figura humana, documentada até agora e encontrada numa caverna do Sul da Alemanha, foi esculpida há uns 35 mil anos: é a estatueta de uma mulher sem cabeça, com enormes seios e nádegas volumosas, com genitália bem desenhada. A fenda entre as coxas põe em evidência a vulva no meio dos grandes lábios. O convite ao coito, à penetração, que pode ser considerado pornográfico pela nossa moral (os arqueólogos denominaram o achado como Venus Peituda), salienta a importância que o homem primitivo dava ao ato sexual. A configuração artística desta mulher representa os dois instintos fundamentais do ser humano: a conservação própria pelo alimento (os peitos generosos que fornecem o leite) e a perpetuação da espécie pelo acoplamento sexual (o rego onde a vida se reproduz). Para todos os povos indígenas, a arte é principalmente utilitária, estando a serviço da comunidade tribal. O animal pintado ou esculpido numa rocha está lá para precaver os transeuntes sobre o perigo que aquele sítio apresenta.
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Mas os estudiosos do folclore brasileiro acham que a lenda do boto não é de origem autóctone, pois foi levada para Amazônia pelos colonizadores portugueses. Há uma longa tradição clássica a respeito: o povo grego consagrara o delfim a Afrodite (Vênus, em Roma), a deusa do amor, que nascera da espuma formada sobre o mar pelo sêmen do deus Céu, quando este teve os testículos cortados pelo filho Saturno. Na Roma antiga, vários poetas exaltam a luxúria dos delfins. A iconografia, nas origens da religião cristã, representa um peixe, na forma de delfim, como símbolo da Eucaristia, para representar o amor de Jesus para com a humanidade. A verdade é que o erotismo está muito presente nas povoações primitivas, anteriormente à formação do preconceito de que o sexo é “pecado”, quando a prática da sexualidade era considerada como algo natural, assim como o prazer da comida e da bebida. Só posteriormente, com o avanço da civilização, igrejas e governos começaram a permitir a atividade sexual apenas dentro do matrimônio, para salvaguardar superestruturas sociais ou projetar a felicidade individual num hipotético mundo ultraterreno.
Quanto à origem do Universo, o cosmo, como o homem, também está submetido ao princípio da evolução. Também aqui, a tese do movimento e da mudança, que caracteriza o conhecimento científico, vem substituir o conceito de fixidez, de criação por um ato instantâneo e definitivo, em que repousa o dogma religioso. Os astrônomos antigos sempre pensaram que o Universo fosse estático. Só em meados do século passado, o astrofísico norte-americano Edwin Powell Hubble (1889-1953) descobriu que as galáxias estavam se afastando umas das outras, fortalecendo assim a tese da expansão do Universo. Tomou sustentação científica, então, a teoria do Big Bang (“a grande
::a) a partir de um instante zero, há mais de 13 bilhões de anos, toda a matéria e a energia do Universo estavam concentrados em um único núcleo (idade das trevas);
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