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Edição atual desde as 15h45min de 26 de julho de 2020
Em Téos, na Grecia antiga, havia um poeta que se chamava Anacreonte.
Era velho, tinha os cabellos inteiramente brancos e as barbas anneladas[1] e longas, que lhe cobriam o peito e lhe davam um aspecto sympathico e venerando[2].
Era o homem maias feliz que havia. Como todos o amavam e o distinguiam com uma admiração sem limites, nada lhe faltava.
Sua habitação ficava á beira do mar, cujas ondas, na enchente, vinham até á sua porta, quebrando-se em espumas alvas.
Pela manham, mal a aurora tinha nascido, as camponezas de Téos vinham em grupo trazer ao poeta o sustento do dia. Uma trazia um cântaro[3] de barro cheio de leite gordo, outra um púcaro[4] de saboroso vinho espumante e fructas de todas as qualidades; outra ainda um vaso de agua pura para as abluções[5] matinaes do poeta. Depois unctavam-lhe[6] as barbas e cabellos com oleos aroma-