Aclamação do governo absoluto na Câmara da Praia: diferenças entre revisões

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Ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1823, aos 4 dias do mês de Julho do dito ano, nesta vila da Praia, ilha Terceira e casa da Câmara da mesma, achando-se presente o presidente e os oficiais da mesma Câmara por S. M. Fidelíssima, e bem assim a nobreza, clero e povo, que à voz do pregoeiro se tinham congregado na mesma Câmara, e autoridades civis e eclesiásticas e militar, pelo juiz de fora presidente foi dito, que tendo nós todos muito espontânea, livre e gostosamente aclamado a El-Rei o Senhor D. João VI e toda a sua Real Dinastia e seguir a causa justa de Sua Alteza Real, o Senhor D. Miguel, era necessário que fizéssemos nossos votos por meio do mais temível juramento, a fim de por ele mostrarmos se estamos dispostos a defender e conservar a independência e esplendor do trono de Sua Majestade e a seguir em tudo a Sua Alteza Real o senhor infante D. Miguel. Logo por todos em aclamação foi dito, que de muito bom grado, e de todo o coração, queriam proferir o juramento que se lhe propunha. E então o juiz de fora, presidente, pondo as mãos nos Santos Evangelhos, proferiu o juramento seguinte: “Juro conservar e manter a religião católica romana, o trono de El-Rei o Senhor D. João VI em toda a sua dignidade e esplendor, seguir a causa justa em que se acha empenhado Sua Alteza Real o Senhor D. Miguel, e em fim defender toda a dinastia reinante”. O que concluído, o dito ministro diferiu juramento a todos os oficiais da Câmara e bem assim ao comandante do destacamento militar, reverendo ouvidor, todos os eclesiásticos e mais pessoas que se achavam congregadas, tendo cada um deles primeiramente recebido das mãos do dito juiz de fora, presidente, concluído este acto solene com os vivas que pelo dito presidente foram dados à religião, a El-Rei, à Rainha, ao Senhor Infante D. Miguel e a toda a dinastia reinante, os quais foram correspondidos por todos os circunstantes com o maior entusiasmo, regozijo e satisfação. E de tudo para constar se fez este auto e que todos assinaram perante min e comigo, João Jacinto Vieira, escrivão da Câmara o escrevi. — Juiz de fora António José Machado — Elesiário Coelho Ribeiro, 1.º vereador — Mateus Diniz Ormonde, 2.º vereador — João Pereira Borba de Melo, 3.º vereador — José Borges Escoto, 4.º vereador — António Machado Mouro, 5.º vereador — Mateus Homem do Menezes, procurador — João Jacinto Vieira.<ref>Neste ponto, o texto em [[Anais da Ilha Terceira]] é interrompido pela nota ''(Seguiam-se 38 assinaturas).''</ref>
 
== Notas ==
(Seguiam-se 38 assinaturas).
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[[Categoria:1823]]