Anais da Ilha Terceira/I/XX: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Angrense (discussão | contribs)
Angrense (discussão | contribs)
Linha 46:
E depois de ter feito muitas presas, pilhado a [[w:La Gomera|Gomeira]] nas [[w:Canárias|Canárias]], encontrou a frota de D. Luiz de Vasconcelos. O partido era desigual, mas o combate foi longo e bem ferido. Enojado o corsário de tanta resistência, deu três descargas sucessivas, e à quarta entrou a embarcação de D. Luiz que morreu pelejando valorosamente, e seu corpo foi lançado ao mar.
 
Toda a equipagem, e os Jesuítas que havia nesta embarcação, foram cruelmente mortos. O corsário Jean Capdeville voltou à França, sua pátria, e foi continuando na sua terrível pirataria (Mr. de la Clède, Tomo 9.º<ref>[Nota do editor:[[w:VicolasNicolas de La Clède|Nicolas de La Clède]], ''Historia geral de Portugal por Mr. de la Clede; Traduzida em vulgar, e illustrada com muitas notas historicas, geograficas, e criticas; e com algumas dissertações singulares'', 16 volumes, Typografia Rollandiana, Lisboa, 1782-1797.</ref>). Estas desditas não eram bastantes para o Rei de Portugal esmorecer nas suas empresas e conquistas, porém advertiam-lhe o cuidado de fortificar as ilhas dos Açores, como temos dito.
 
No mesmo ano refere [[w:Duarte de Barbosa|Duarte de Barbosa]] na sua ''Memória de Portugal'', tomo 3.º (veja-se a ''Memória'' de Bernardino José de Sena Freitas), que ausentando-se da ilha de S. Miguel para Lisboa Francisco de Mariz, provedor da real fazenda e administrador da fábrica de pedra hume, fora assassinado cruelmente com toda a sua numerosa família, por uns franceses, depois de roubarem o navio. El-Rei, escandalizado destes insultos e barbaridades, escreveu ao seu embaixador João Gomes da Silva, para que pedisse providências sobre este objecto a El-Rei de França, enquanto não saísse a nossa armada em perseguição de tais piratas.