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Revisão das 13h20min de 14 de outubro de 2020

como granizo sobre a areia e no mesmo instante o corpo do inocentinho, crivado de bala e chumbo, caindo aos pés de Cabeleira, veio dar-lhe novo testemunho de sua perícia na arte de atirar contra seu semelhante. [1]

Quem estivesse com os olhos em Teodósio no momento em que Cabeleira correra atrás dos meninos, tê-lo-ia visto atirar dentro em uma moita de muçumbés e manjeriobas, que ficava perto da ribanceira, um pesado pacote que tirara do bolso. Neste pacote achava-se o dinheiro roubado ao lojista pelo astucioso ladrão que agora o furtava novamente aos próprios companheiros de rapinas, depois de haver concorrido, por sua trapaça, para a morte das inocentes criaturas.

Quando se soube que Cabeleira estava na terra e tinha sido o autor do latrocínio, a povoação horrorizada tratou unicamente de escapar à sua ferocidade.

  1. Diz a trova popular:

    Lá na minha terra,
    Lá em Santo Antão,
    Encontrei um homem,
    Feito um guaribão,
    Pus-lhe o bacamarte,
    Foi pá, pi, no chão.