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Revisão das 19h02min de 14 de outubro de 2020
espeto na titela do bem-te-vi, amanhã terás necessidade de cravar a faca no peito de um homem; e se no momento da execução tiveres a mesma pena, ai de ti! que a mão te fraqueará, e o homem te matará.
Uma manhã José entrou saltando de contente, e trazendo um preá que o fojo tinha apanhado.
— Ó papai, como é que hei de matar este preá?
Joana chamou o menino para junto de si, tomou-lhe a presa que ele trazia, e pôs-se a mirá-la com ternura.
— Olha, meu filho, olha bem para ele. Não achas vivos e bonitos os olhos do preazinho? Que lindo pescoço! Que mãos bem-feitas! Que dizes, José?
— É, mamãe. Acho tudo bonitinho.
— E se o achas bonitinho, para que o queres matar, meu filho?
— Para aprender a matar gente quando eu for grande.
— Matar gente! José, José! Quem te ensinou esta barbaridade? Virgem da Conceição!
— Foi papai, mamãe.
— Não, eu não consentirei, nem o céu permitirá que levantes em tempo algum a tua mão para ofender a alguém. Que desgraça, Mãe Santíssima!